O Movimento Acredito instalou um pixuleco do presidente Jair Bolsonaro em Brasília na manhã desta 3ª feira (25.mai.2021). O boneco, chamado de “Capitão Cloroquino“, mostra o presidente com dentes afiados, uma foice e uma caixa do medicamento “cloropina” com sangue pingando.
O grupo tentou inflar o Capitão Cloroquino em frente ao Congresso Nacional por volta das 9h40 da manhã. Mas, de acordo com os manifestantes, eles foram impedidos pela polícia. Por isso, procuram outro local para instalar o boneco. A localização ainda não foi divulgada pelo grupo.
O presidente Bolsonaro apoia o uso da cloroquina contra a covid-19 mesmo sem evidência científica de que o remédio tenha qualquer ação sobre a doença. A ação do Acredito foi acompanhada de uma mobilização nas redes sociais por meio da hashtag #ACulpaÉdoCapitãoCloroquino.
O grupo também carrega um cartaz em que se lê: “450 mil mortos de uma doença que tem vacina. Impeachment já!”
O Acredito se define como um movimento de “renovação política nacional e suprapartidário” e foi fundado em 2017. Entre os seus integrantes estão a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que também é co-fundadora do movimento, o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Nesta 3ª feira (25.mai), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado ouve a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Ela é conhecida como Capitã Cloroquina.
Pinheiro já confirmou ao MPF (Ministério Público Federal) que havia um plano no ministério para difundir o uso do medicamento. Ela foi a responsável pela organização de uma comitiva de médicos que foi ao Amazonas para encorajar o uso da cloroquina como tratamento contra a covid-19.
