No mercado financeiro, a reunião do Copom que se inicia na terça-feira, 16, será destaque da agenda econômica doméstica na semana.
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Boi: Cepea registra nova máxima histórica
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Milho: preços ficam praticamente estáveis após sequência de altas
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Soja: cotação cai quase 3% na segunda semana de março
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Café: arábica sobe em Nova York e tem estabilidade no Brasil
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No Exterior: bolsas abrem a semana com leves altas
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No Brasil: reunião do Copom é destaque da semana
Agenda:
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Brasil: IBC-Br de janeiro (Banco Central)
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Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de março
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EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)
Boi: Cepea registra nova máxima histórica
O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, voltou a subir e registrou uma nova máxima histórica. A cotação variou 0,55% em relação ao dia anterior e passou de R$ 308,8 para R$ 310,5 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador chegou a uma alta de 16,23%. Em 12 meses, os preços alcançaram 51,95% de valorização.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 ficaram praticamente estáveis. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 309,95 para R$ 309,8, do abril ficou inalterado em R$ 307 e do maio, subiu levemente de R$ 303,5 para R$ 303,95 por arroba.
Milho: preços ficam praticamente estáveis após sequência de altas
O indicador do milho do Cepea ficou praticamente estável após uma forte sequência de altas que chegou a nove dias. A cotação variou apenas 0,01% em relação ao dia anterior e passou de R$ 91,72 para R$ 91,73 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 16,63%. Na comparação em 12 meses, os preços alcançaram 59,28% de alta.
Na B3, os contratos futuros passaram por um dia de correções técnicas e recuaram. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 92,33 para R$ 92,19 e do maio foi de R$ 94,06 para R$ 93,02 por saca.
Soja: cotação cai quase 3% na segunda semana de março
O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) recuou 2,7% na segunda semana de março. A queda expressiva do dólar em relação ao real impulsionou o movimento. A cotação variou -0,94% em relação ao dia anterior e passou de R$ 171,32 para R$ 169,71 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 10,27%.
Na Bolsa de Chicago, o vencimento para maio da soja, o contrato mais líquido atualmente, também teve desvalorização na semana. A queda chegou a 1,17% com a cotação passando de US$ 14,30 para US$ 14,132 por bushel.
Café: arábica sobe em Nova York e tem estabilidade no Brasil
O café arábica negociado na Bolsa de Nova York seguiu com o movimento de recuperação das cotações após uma sequência negativa expressiva. O contrato para maio, em seu quinto dia consecutivo de alta, subiu 0,49% e ficou em US$ 1,33 por libra-peso.
No Brasil, apesar da alta no exterior e da pequena valorização do dólar em relação ao real na última sexta-feira, 12, os preços ficaram estáveis de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Além disso, a empresa registrou poucos negócios fechados. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 730,/735 a saca, estável.
No Exterior: bolsas abrem a semana com leves altas
As bolsas europeias e os índices futuros dos Estados Unidos abriram a semana com altas leves no início dos negócios. As valorizações encontram suporte na baixa da taxa de juros do título do Tesouro dos EUA com prazo para 10 anos, que caiu de 1,637% para 1,631%. Por outro lado, o índice VIX, que mede a volatilidade das ações do mercado norte-americano e é conhecido como índice do medo, tem alta.
Nesta semana, o Banco Central dos Estados Unidos (FED) se reúne para discussão da política monetária. O mercado não espera alterações dos juros, mas aguarda revisões nas estimativas para o PIB e para a expectativa de inflação. Alguns investidores também esperam alguma atenção especial em relação às altas das taxas de juros futuras de títulos de prazos mais longos no mercado.
No Brasil: reunião do Copom é destaque da semana
A reunião do Copom que se inicia na terça-feira, 16, e termina na quarta-feira, 17, é destaque da agenda econômica doméstica na semana. Após muito tempo em que a decisão sobre a taxa Selic anunciada após o término da reunião já era amplamente antecipada pelo mercado, agora as expectativas são mais amplas. Alguns investidores defendem reação rápida do Banco Central, com elevação entre 0,50 e 0,75 ponto porcentual na taxa, ao aumento dos juros nos Estados Unidos e à aceleração da inflação.
Outra parte do mercado defende uma reação mais moderada, pois com a piora recente da pandemia no país, ainda não seria possível mensurar os efeitos negativos na atividade econômica. A única situação que parece clara é de que o Banco Central deve iniciar o ciclo de alta dos juros nesta reunião. O grau de aumento e a velocidade sinalizada só serão conhecidos no comunicado pós decisão.