O Brasil caminha para uma produção recorde de grãos e fibras na temporada 2024/25. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deverá colher cerca de 328,3 milhões de toneladas, um aumento de 10,3% em relação ao ano anterior, o que representa 30,6 milhões de toneladas a mais. Esse desempenho é resultado de uma combinação de fatores, como o aumento na área plantada e a recuperação na produtividade das lavouras.
A soja, principal produto cultivado no verão, deve ser a grande protagonista dessa safra recorde, com uma estimativa de produção de 167,4 milhões de toneladas, superando em 13,3% a produção da safra passada. No entanto, o caminho até o sucesso não foi fácil. Após um início de colheita mais lento devido a atrasos no plantio e chuvas excessivas em janeiro, a diminuição das precipitações em fevereiro ajudou a acelerar o processo, e atualmente, 60,9% da área já foi colhida, superando tanto o ritmo da safra anterior quanto a média dos últimos cinco anos.
O bom desempenho da soja reflete-se também em outros estados produtores, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, que têm apresentado rendimentos bem acima do esperado. Contudo, em algumas regiões, como o Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, a falta de chuvas comprometeu o potencial de produtividade, algo que se tornou visível em alguns relatórios recentes.
Além da soja, o milho tem se mostrado uma outra grande estrela da safra. A expectativa é que a colheita de milho de verão cresça 8,3%, atingindo 24,9 milhões de toneladas. A segunda safra de milho também deve superar as expectativas, com a área plantada prevista para atingir 16,75 milhões de hectares, um aumento de 1,9% em relação à safra anterior. A produção deve alcançar 95,5 milhões de toneladas, representando um crescimento de 5,8%.
Com isso, a produção total de milho no país, incluindo a terceira safra, deve chegar a 122,8 milhões de toneladas, um aumento de 6,1%. O crescimento da produção de milho se reflete na boa adaptação das lavouras às condições climáticas favoráveis, o que também influencia diretamente na produção de outros produtos essenciais.
O arroz, outro item fundamental na alimentação dos brasileiros, teve sua estimativa de produção elevada em 14,3%, com previsão de alcançar 12,1 milhões de toneladas. A Conab atribui essa elevação ao aumento da área plantada em 6,5%, totalizando 1,7 milhão de hectares, além de uma recuperação na produtividade média das lavouras, que deverá alcançar 7.063 quilos por hectare.
Apesar do cenário positivo, o feijão, embora com um crescimento modesto, também terá sua produção aumentada em 1,5%, alcançando 3,29 milhões de toneladas. A área plantada para a leguminosa permanece estável, e a leve melhoria na produtividade das lavouras contribui para o pequeno aumento.

A produção de algodão, outro produto importante para o mercado interno e externo, também deve registrar um aumento de 3,3%, com uma área estimada em cerca de 2 milhões de hectares. Caso a produtividade se confirme, esta será a terceira maior já registrada na história, atrás apenas dos dois últimos ciclos.
Já no setor de grãos de inverno, a expectativa é de estabilidade para o trigo, com a Conab mantendo a estimativa de 9,12 milhões de toneladas, baseada apenas na intenção de plantio dos produtores.
Com essas estimativas, o Brasil se consolida como um dos maiores produtores e exportadores de grãos do mundo, e a safra de 2024/25 promete ser uma das mais produtivas da história, refletindo o potencial agrícola do país.
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