O corpo do promotor Marcelo Pecci, assassinado na terça-feira durante uma viagem de lua de mel Colômbia, chegou neste sábado ao Paraguai, recebido por funcionários do governo e parentes. Pecci coordenava no país as investigações do Ministério Público sobre crimes com participação da organização criminosa paulista que domina os presídios brasileiros.
O voo comercial com o corpo chegou às 5h no horário local ao aeroporto internacional Silvio Pettirossi, em Luque, perto da capital Assunção, vindo do Panamá. Segundo o canal estatal Paraguai TV, foi prestada uma homenagem ao funcionário do governo no local.
Após o pouso, o carro funerário com o caixão do promotor foi levado sob forte escolta para uma instalação do Ministério Público em Assunção. O velório deve ser realizado no Salão Memorial, no bairro Herrera. O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, decretou na noite de sexta-feira três dias de luto pela morte de Pecci.

A jornalista Claudia Aguilera, viúva do promotor, retornou para o país na sexta-feira a bordo do avião presidencial e sob forte aparato de segurança. Ela estava com o marido na Isla de Barú quando ele foi atacado a tiros na terça-feira. Momento antes do crime, ela anunciou numa rede social que estava grávida. Com uma foto que mostra pequenos sapatos vermelhos e o casal abraçado ao fundo, ela disse que recebia seu “melhor presente”.
Pecci teria sido atacado por pistoleiros em jet skis quando estava na praia, segundo informou o Decameron Hotels, onde o promotor estava hospedado, em comunicado. Os criminosos também atiraram contra um segurança, que saiu ileso, segundo a companhia.