Mato Grosso do Sul, 14 de maio de 2025
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Corrida contra o tempo: só 10 países entregaram metas climáticas e mundo segue rumo a um futuro mais quente

Prazo para compromissos climáticos se encerra na segunda-feira (10) e alerta global se intensifica
Imagem - Forbes
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A poucos meses da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, o mundo ainda falha na tarefa de combater o aquecimento global. O prazo estabelecido no Acordo de Paris para a entrega das novas metas climáticas (NDCs) termina na próxima segunda-feira (10), mas, dos 197 países signatários do tratado, apenas dez enviaram seus planos atualizados para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Enquanto governos adiam soluções, os impactos climáticos já são sentidos em todo o planeta. Ondas de calor recordes, tempestades violentas, secas prolongadas e o derretimento acelerado das calotas polares são sinais alarmantes de que o tempo está se esgotando. Em 2023, a Terra bateu recordes históricos de temperatura, com regiões como Europa, Estados Unidos e América do Sul enfrentando condições climáticas extremas. O Brasil, por exemplo, registrou temperaturas superiores a 40ºC em diversas capitais e secas que comprometeram a produção agrícola e o abastecimento de água.

A urgência do compromisso global

O Acordo de Paris, maior tratado global para mitigar as mudanças climáticas, completa 10 anos em 2025, mas avança de forma lenta. Para manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC até 2035, seria necessária uma redução de 57% nas emissões globais de gases do efeito estufa, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou recentemente que os países precisam cortar emissões em pelo menos 60% até 2035 e reduzir drasticamente o consumo de combustíveis fósseis. “Não podemos continuar empurrando o planeta para o colapso. Cada grau a mais significa mais desastres, fome e conflitos”, afirmou.

Os compromissos assumidos até agora

O Brasil foi um dos primeiros a apresentar sua nova meta climática, comprometendo-se a reduzir suas emissões entre 59% e 67% até 2035, em comparação com 2005. Já os Emirados Árabes Unidos, que sediaram a COP28, fixaram uma meta mais modesta, de 47% de redução até 2035, com base em 2019. Os Estados Unidos, segundo maior emissor global, prometeram cortar entre 61% e 66% das suas emissões no mesmo período.

Países como Uruguai, Reino Unido, Suíça, Nova Zelândia, Andorra, Equador e Santa Lúcia também apresentaram suas metas, mas juntos eles representam apenas 15,3% das emissões globais. O restante do mundo, incluindo grandes emissores como China, Índia e Rússia, segue sem atualizar suas ambições climáticas.

Consequências do atraso global

A falta de ação coloca em risco não apenas ecossistemas, mas também economias e sociedades inteiras. Eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes, já causam prejuízos bilionários. Em 2023, os EUA enfrentaram perdas de mais de US$ 165 bilhões devido a desastres naturais. No Brasil, o Pantanal teve o pior incêndio da história, e a Amazônia segue ameaçada pelo desmatamento, que impulsiona ainda mais as mudanças climáticas.

Além disso, o derretimento das geleiras e o aumento do nível do mar ameaçam cidades costeiras em todo o mundo. Estudos indicam que, se o ritmo de aquecimento continuar, cidades como Rio de Janeiro, Veneza e Nova York poderão enfrentar inundações devastadoras nas próximas décadas. Agricultores também sofrem com secas prolongadas e chuvas irregulares, reduzindo safras e aumentando os preços dos alimentos.

A COP30 e o futuro da luta climática

Com a COP30 marcada para novembro de 2025 em Belém, o Brasil se torna o centro das discussões climáticas. O evento será uma oportunidade para pressionar governos e empresas a cumprirem suas promessas. Para especialistas, sem um compromisso sério e ações concretas, o mundo poderá ultrapassar rapidamente o limite de aquecimento de 1,5ºC, desencadeando efeitos irreversíveis.

Resta saber se os países ainda não comprometidos com as novas metas climáticas vão correr contra o tempo ou continuar adiando soluções, enquanto o planeta se aquece cada vez mais.

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