O Brasil, conhecido como um dos maiores celeiros do mundo, enfrenta um grande desafio para 2025: onde guardar a colheita recorde de grãos esperada para o ano. Com uma safra estimada em impressionantes 322,4 milhões de toneladas, o país precisa lidar com um problema crítico de infraestrutura. Atualmente, a capacidade nacional de armazenagem é de apenas 222,3 milhões de toneladas, ou seja, cerca de 69% do volume produzido. Esse déficit pode gerar graves consequências para produtores e consumidores.
A Situação é Mais Crítica em 2025
Com o atraso no plantio da safra de verão, a colheita deve se concentrar em um curto período, agravando a situação. Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Armazenagem de Grãos (Cseag), alerta: “O déficit já era de 124 milhões de toneladas em 2024 e deve crescer pelo menos 5 milhões este ano. Com uma supersafra de soja e uma boa safra de milho, o cenário pode ser ainda mais dramático”.
Bertolini destaca que o crescimento da produção agrícola tem sido o dobro do ritmo da ampliação da capacidade de armazenagem. Para equilibrar a situação, seria necessário investir cerca de R$ 15 bilhões anualmente – quase o dobro do que é investido atualmente.
Estados em Destaque
Bernardo Nogueira, CEO da Kepler Weber, maior empresa do setor no Brasil, aponta que Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná devem ser os estados com maiores avanços na produção. “Esses Estados já sofreram estresse logístico em recordes anteriores. Agora, com aumentos previstos de até 26,7% na safra de soja, o cenário logístico será ainda mais desafiador”, explica.
Nogueira também ressalta o aquecimento da demanda por armazenagem em regiões como Tocantins, Goiás e o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A Kepler Weber encerrou 2024 com 306 obras em execução, um recorde histórico, enquanto o setor portuário e as indústrias de biocombustíveis também intensificaram investimentos.
Investimentos Insuficientes e Burocracia
Apesar dos esforços, os investimentos ainda não acompanham o ritmo das necessidades. Ricardo Marozzin, presidente da Grain & Protein Technologies, afirma que todas as regiões do país apresentam demanda crescente. No entanto, Bertolini critica a burocracia para a construção de armazéns nas fazendas: “Para construir um silo, o produtor precisa de licença ambiental, de instalação, de operação, além da hipoteca da terra. Isso encarece e torna o processo mais lento”.

Impacto no Mercado e na Logística
Sem armazéns suficientes, tradings e indústrias têm assumido os custos de estocar a produção, o que encarece os produtos para o consumidor final. O endividamento no setor também preocupa, com juros altos e margens reduzidas pressionando ainda mais os agricultores.
Em um contexto onde o agronegócio é responsável por grande parte do PIB brasileiro, a falta de infraestrutura pode comprometer a competitividade do Brasil no mercado internacional.
O Futuro Depende de Ações Estratégicas
Para que o Brasil continue como um dos principais exportadores de alimentos do mundo, será necessário um esforço conjunto entre governo, iniciativa privada e produtores. Investimentos em tecnologia, crédito facilitado e menos burocracia são cruciais para evitar perdas e garantir que toda a produção tenha um destino.
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