Mato Grosso do Sul, 17 de março de 2025
Campo Grande/MS
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La Niña: Impactos no agronegócio brasileiro e a busca por soluções inovadoras

Fenômeno climático desafia produtores e exige adaptação urgente para manter a competitividade e a eficiência no setor agrícola

O fenômeno climático La Niña, que já acendeu um alerta no agronegócio brasileiro, tem gerado impactos diretos e severos no setor agrícola, principalmente em regiões como o Sudeste. Caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o La Niña altera os padrões climáticos e provoca chuvas mais intensas, prejudicando a colheita, afetando a logística de escoamento e elevando os custos de produção. Para empresas do porte de grandes produtores de limão tahiti, as soluções inovadoras se tornaram essenciais para enfrentar os desafios trazidos pelas mudanças climáticas.

O agronegócio brasileiro, que já lida com a sazonalidade e a inconstância do clima, agora precisa lidar com o agravamento dessas condições climáticas, que saturam o solo e prejudicam o uso de maquinários agrícolas. Na prática, isso compromete a eficiência operacional, atrasa o plantio e dificulta a realização das colheitas, o que impacta diretamente na quantidade e na qualidade das produções. Empresas do setor têm se destacado pela implementação de medidas que visam mitigar os efeitos do fenômeno e manter a produção com o mesmo nível de excelência.

Com a confirmação da La Niña pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), a expectativa é de que os impactos climáticos afetem gravemente cultivos de frutas cítricas, como o limão tahiti. O resfriamento das águas do Pacífico altera os padrões de chuva, o que pode gerar períodos de umidade excessiva. Isso provoca encharcamento do solo, dificultando o trabalho dos agricultores e comprometendo a colheita, que depende da umidade ideal para garantir frutos de qualidade.

Apesar das adversidades, algumas empresas mantiveram uma taxa de perdas de apenas 0,7% em 2024, muito abaixo da média do mercado, que foi de até 5,83% no setor de frutas, legumes e verduras, conforme dados da Pesquisa Eficiência Operacional da ABRAS. Esse desempenho excepcional pode ser atribuído a um conjunto de práticas inovadoras, como o controle rigoroso da qualidade e o investimento em tecnologias de manejo e monitoramento climático. As empresas investem em um sistema de controle detalhado, que inclui checklist de recebimento, inspeções detalhadas na expedição e tratamentos pós-devolução para refinar continuamente os processos e reduzir desperdícios.

A Gestora de Processos e Qualidade de uma grande produtora de limão tahiti destaca a importância dessas tecnologias no processo de adaptação às mudanças climáticas: “As mudanças climáticas são um desafio constante. Trabalhamos com tecnologias de manejo e monitoramento climático para garantir que o limão tahiti mantenha o padrão de qualidade esperado pelo mercado, mesmo em períodos de grande instabilidade.” O uso de maquinário de alta precisão para selecionar as frutas e garantir a melhor qualidade tem sido crucial para a continuidade da operação e para minimizar perdas.

O investimento em estratégias e tecnologias de manejo climático tem se mostrado um diferencial para grandes produtores, que não só preservam sua qualidade de produção, mas também protegem seus consumidores contra a volatilidade de preços e a escassez de produtos. O planejamento estratégico focado na mitigação de riscos, a qualificação do pós-colheita e o aprimoramento contínuo dos processos de beneficiamento são fundamentais para garantir um fornecimento contínuo e de alta qualidade.

Com mais de 50 anos de experiência, grandes produtores de limão tahiti se estabeleceram como uma das maiores referências na produção e comercialização da fruta no Brasil. Sua origem remonta à década de 1970, e ao longo dos anos, as empresas se expandiram para várias regiões do país, com grande presença em grandes redes supermercadistas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste desde 2016.

Para o agronegócio brasileiro, os impactos do La Niña não são apenas um desafio climático, mas também uma oportunidade para reavaliar práticas e buscar soluções mais sustentáveis e eficientes. A adaptação a esses novos tempos, com inovação e resiliência, será a chave para garantir a continuidade da produção e a competitividade no mercado.

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