Ramira Gomes da Silva, foi presa na tarde desta segunda-feira (17), em Porto Velho, capital de Rondônia, acusada de ter matado, esquartejado e enterrado o próprio filho, um bebê de 5 meses, no terreno de uma residência. Segundo informações da polícia, o crime considerado macabro foi registrado no no município de Sorriso, no estado do Mato Grosso.
O bebê, identificado como Brayan, de 5 meses, foi morto pela mãe Ramira e a companheira da mulher. Em depoimento, a mãe da criança disse que acordou durante a madrugada e o filho que estava no carrinho de bebê já não estava mais respirando. Com ajuda de outra mulher, que é companheira da acusada, Ramira cavou um buraco em baixo de uma pia de lavar roupas e enterrou a criança com os braços e as pernas decepadas. Após o crime, as duas mulheres abandonaram a casa e fugiram.
Uma vizinha que sentiu um forte odor vindo do terreno e resolveu chamar o proprietário do imóvel que foi alugado para Ramira. No local, a criança foi encontrada fora da cova rasa, após um cachorro ter puxado e comer parte do corpo do bebê. A Polícia Militar isolou a área e o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML). O caso foi investigado pela Polícia Civil de Sorriso, que agiu rápido e conseguiu identificar a mãe da criança e expedir o mandado de prisão.
A prisão de Ramira aconteceu na tarde desta segunda-feira, dentro de um barco em Porto Velho. A acusada estava deitada em uma rede e seguia com destino a Manaus, no Amazonas. A criminosa será encaminhada de volta à cidade de Sorriso, onde o crime aconteceu. A mulher agora aguarda os trâmites processual da Justiça.
“A versão dela é que foi dormir na noite anterior a morte de Brian e por volta das 2h teria alimentado ele, trocado de roupa, enfim. Disse que acordou por volta das 5h com ele no berço ao lado dela e teria se deparado com ele roxo, sem vida. Ela diz que nesse momento, levado pela emoção, não raciocinou direito e teria enterrado a criança no local, inclusive, que segundo ela, onde o cachorro se abrigava”, explicou o delegado responsável pela prisão em Porto Velho (RO), Yuri Medeiros.
Questionada sobre os membros amputados, o delegado afirmou que Ramira não soube explicar. “Ela fala que enterrou o Brian inteiro, sem nenhum membro decepado. Ela não sabe explicar”, acrescenta.
O delegado, entretanto, conta que a versão de Ramira é pouco crível. “Em caso desses, de morte natural, o esperado, ainda mais considerando uma mãe, é procurar o hospital, chamar a polícia. Já nos deparamos com caso que a mãe chega com a criança morta no hospital na esperança ainda da criança voltar a vida. A história dela [Ramira] não convenceu”, ponderou.
Antes disso, Ramira teria apresentado outra versão. Em depoimento, contou que teria deixado o Brian com uma conhecida que teria o matado. “Em um primeiro momento, ela estava bem fria. Mas quando apresentamos fotografias, o que a investigação já tinha conseguido angariar, ela chorou. Não sei se chorou por ter lembrado da criança ou pelo fato de estar sendo presa”, disse o delegado.