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Mato Grosso do Sul, 11 de outubro de 2024
Campo Grande/MS
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Para mim, inclusão é sinônimo de cidadania”, diz Beto Pereira

Candidato à Prefeitura de Campo Grande, ele terá um olhar atento para os 40 mil campo-grandenses com algum tipo de deficiência
Deputado Beto Pereira durante ato no diretório estadual do PSDB
Deputado Beto Pereira durante ato no diretório estadual do PSDB

Campo Grande tem cerca de 40 mil pessoas com algum tipo de deficiência, seja visual, auditiva, motora ou intelectual. Todos enfrentam dificuldades de acessibilidade e mobilidade e de acesso básico à cidadania. Para Beto Pereira, candidato à Prefeitura da capital pelo PSDB, uma cidade só é boa de se viver quando é planejada e funciona para todos, sem exceção. Seja nos espaços sociais, educacionais, culturais, de lazer e nos serviços públicos em geral.

“São muitos os desafios que a pessoa com deficiência passa todos os dias quando sai de casa”, diz João Guanaes, deficiente visual. “Uma pessoa com deficiência, uma pessoa cadeirante, tem seu maior desafio na acessibilidade. E há acessibilidade em Campo Grande? Hoje, a atual Prefeitura nem atende a gente”, reforça Ana Lúcia Serpa, cadeirante.

“A Pamela usa seis tipos de medicamentos. Alguns eu não encontro na rede pública. São comprados”, afirma a ‘mãe atípica’ Maria Cristina Machado. “Ter acesso a saúde sem um intérprete é muito difícil. O surdo sente esta dificuldade e não sabe como proceder. O intérprete é fundamental no atendimento de saúde”, explica, em libras, Eliane da Silva, deficiente auditiva.

Beto afirma que estas pessoas têm todo o direito de reclamar, porque elas se sentem invisíveis diante do poder público. “A Prefeitura ignora que Campo Grande precisa de adaptação e de melhoria dos espaços públicos, nas redes municipais de educação e saúde, nas ruas e na arquitetura dos prédios públicos, no transporte e em tantas outras estruturas. Como manda a lei brasileira de inclusão, pelo nosso plano de gestão Campo Grande será uma cidade mais humanizada, com respeito às pessoas com deficiências e foco em educação inclusiva. Vamos criar um centro de convivência para as pessoas com deficiência”.

“Meu filho, desde pequeno, está na escola. Desde o momento da matrícula a gente já enfrenta dificuldades. Nos chamam para uma reunião. Eu perguntava, ‘gente, tem intérprete?’, e diziam que não. Ter um intérprete é muito importante. É lei. Eu sou surda, como vou participar da reunião sem o intérprete? Isso é muito sério, muito importante para mim”, explica, em libras, Paula Guimarães, deficiente auditiva.

“Queria tanto que houvesse brinquedos adaptados para o meu neto. Ele fica olhando as crianças brincarem. Meu coração dói, porque ele não tem um brinquedo onde possa se divertir”, Roseli da Silva, avó atípica de um menino cadeirante.

A mãe atípica Franciane dos Santos reforça: “Não tem medicamentos no posto, na escola não tem professora de apoio. Ele precisa de uma psicóloga, e não tem. Ele precisa de um terapeuta, não tem. Então, ele não tem acesso aos profissionais que atendem o autismo”, lamenta.

Campo Grande tem cerca de 3500 crianças à espera dessa atenção especial. Beto sabe disso e afirma que em sua gestão as escolas municipais terão salas de recursos modernas, com profissionais qualificados. O Conselho Municipal de Educação vai se envolver diretamente nessas questões e a Prefeitura garantirá diagnóstico rápido na rede de saúde, para que a pessoa possa se tratar e evoluir positivamente na sua capacidade mental e motora.

“Ruas eventos e espaços públicos vão ganhar estrutura de mobilidade, sinalização e informações acessíveis, especialmente em parques, nas unidades de atendimento de saúde e nos Caps. Vamos implantar a biblioteca digital no horto florestal. Crianças, jovens e adultos vão poder praticar esportes adaptados. Vamos investir em campanhas de educação e informação a respeito da convivência social. Há várias fontes de recurso para fazermos a mudança, e eu vou buscá-las. Para, mim inclusão é sinônimo de cidadania”, avisa Beto Pereira

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