Kleber Rocha Pinto, 59, envolvido no assassinato do policial federal Marcos Antônio Soares Assunção, o ‘Rambo’, em junho de 1998, foi executado na noite de quinta-feira (24/6) em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. A ação ocorreu na frente do estabelecimento onde ele era proprietário.
O comerciante estava no local e os pistoleiros chegaram de moto, atirando várias vezes.
Ferido, Kleber foi socorrido por populares e levado para o Hospital Regional de Ponta Porã em estado gravíssimo e morreu durante o atendimento.
Ele acabou atingido por três disparos, um deles na axila e dois nas pernas. Os suspeitos teriam fugido para o lado paraguaio da fronteira, segundo relato de testemunhas.
Morte de Rambo
Kleber teve envolvimento na morte do agente federal conhecido em Dourados e região como ‘Rambo’, a quem atuava como informante. O caso ocorreu em 23 de junho de 1998 nas proximidades do Parque Antenor Martins, no Jardim Flórida.
Rambo teria sido atraído e morto com diversos tiros por Jaime Favaro, conhecido como “Gauchinho”. Na época, ele usou a moto de Kleber para ir ao local.
Dias depois, o autor do assassinato de Rambo foi encontrado e morreu em confronto com a polícia.
Ainda de acordo com o Ponta Porã News, Kleber chegou a ser preso e respondeu o processo em liberdade.
O caso
De acordo com informações, “Kleber” era “informante” de “Rambo” e ao ser interrogado na delegacia que ficava na época em um prédio na rua Major Capilé, acabou entregando o seu “comparsa” e autor dos tiros que mataram o agente federal, Jaime Favaro, o “Jaiminho” ou “Gauchinho”, que era muito conhecido na região do Jardim Flórida e apontado como responsável por vários assassinatos na cidade.
Conforme consta no inquérito policial, “Rambo”, no dia do crime, recebeu um telefonema anônimo onde a pessoa dizia que havia um ponto de drogas na rua Dezidério Felipe de Oliveira e ao checar a informação sozinho, acabou sendo atraído na verdade, para a morte.
Consta que para matar o agente federal “Gauchinho” usou uma moto de propriedade de “Kleber”.
Marcos Antonio Soares Assunção tinha o apelido de “Rambo” porque quando ia para a repressão ao contrabando e ao tráfico de drogas, mantinha seus cabelos longos amarrados por uma fita, fuzil nas costas e pistolas na linha de cintura.
O agente federal encarnava o personagem de cinema com eficiência, colocando em perigo o domínio do tráfico de drogas na fronteira.
CAÇADA INTENSA
Com a morte de “Rambo” e a prisão de “Kleber”, um grupo de cerca de 45 agentes federais iniciaram uma verdadeira “caçada” para capturar Jaime Favaro, o “Gauchinho”, que era um rapaz de cor branco e cabelos loiros, de cerca de 20 anos de idade.
“Gauchinho” após matar o agente federal fugiu da cidade e buscou abrigo na casa de uma irmã na cidade de Laguna Caarapã e no local não conseguiu a guarida.
Após pegar um cobertor e certa quantidade de alimentos, o pistoleiro se embrenhou numa mata fechada onde foi cercado pelos agentes federais.
Cansado, com fome e frio, “Gauchinho” teria “reagido à prisão” e foi morto três dias depois da “emboscada” ao agente federal.
O corpo de “Gauchinho” vale ressaltar transformou-se em peneira e ficou irreconhecível.
Após pouco mais de 24 horas de “caçada intensa”, o assassino de “Rambo” foi “cercado” pelos 45 agentes federais e recebeu mais de 20 tiros de pistolas e escopetas calibres 12 e fuzil, conforme atestou o inquérito policial.
Ao sair da mata ao encontro dos agentes federais “Gauchinho” esta portando apenas um revolver Magnum calibre 357.
Na caçada ao assassino do agente federal, uma mega-operação foi montada para segundo a Polícia Federal “fazer justiça”, inclusive, a instituição serviu-se até de avião que sobrevoou a mata para tentar localizar “Gauchinho” que era criminoso e que foi acusado na época de participar de outras execuções na cidade.
O corpo de “Rambo” que havia nascido em Santo Anastácio (SP), foi sepultado em Dourados, e tempo depois informação consta que foi trasladado os restos mortais para a sua cidade natal, onde foi novamente sepultado, porém no jazigo da sua família.