Os policiais militares, sargento Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, e o cabo Bruno César Malheiros dos Santos, foram afastados das atividades, devido a licença médica. Eles são investigados pela morte do ex-vereador Wander Alves Meleiro, o Dinho Vital, de 40 anos, a tiros após confusão em uma festa, na cidade de Anastácio, a 122 km de Campo Grande.
Segundo o advogado que representa os militares, Lucas Rocha, os dois estão muito abalados com os fatos e passaram por psicóloga da instituição. A profissional entendeu ser melhor que os policiais fossem afastados para tratamento. “Todavia, seguem à disposição de todas as autoridades e cooperando com as investigações”, disse a defesa.
O afastamento aconteceu na segunda-feira (13). A reportagem procurou a assessoria de imprensa da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) para saber sobre o decorrer da investigação, que segue pela Corregedoria da corporação, mas não teve retorno.
O crime
Dinho foi morto na BR-262, no fim da tarde da última quarta-feira, 8 de maio, logo após brigar com o ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo (PSDB), durante festa de comemoração do aniversário da cidade, em uma chácara próxima à rodovia.
Segundo relataram testemunhas, o ex-vereador, aparentemente alcoolizado, discutiu com o ex-prefeito na festa dada em comemoração aos 59 anos do município. A briga começou depois que o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciou que lançaria Douglas pré-candidato pelo partido, e foi separada por outros frequentadores.
O ex-vereador saiu, voltou armado e ficou às margens da rodovia com o carro Fiat Toro. Abordado, os policiais dizem que ele reagiu e houve troca de tiros, quando Dinho foi atingido. O veículoficou com o pneu furado na rodovia e uma arma também foi encontrada próxima ao corpo.
Apesar do relato de troca de tiros dado pelos militares, a reportagem apurou que um dos disparos foi pelas costas de Dinho, que transfixou o peito. O outro na barriga, que pegou superficialmente na pele e saiu próximo ao umbigo.
A informação que circula na cidade é que o sargento e o cabo, que não estavam fardados, faziam parte da equipe de segurança particular contratada por Douglas Figueiredo. Eles negam.