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Mato Grosso do Sul, 10 de setembro de 2024
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Preço do feijão carioca subiu 80% desde agosto e atingiu US$ 70 a saca esta semana

A saca do carioca, que chegou a US$ 72 nos primeiros três meses de 2023, baixou para US$ 47 em média depois disso até novembro, em um movimento de recomposição de oferta
Recomendação do Ibrafe é de venda para quem tem estoques
Recomendação do Ibrafe é de venda para quem tem estoques

A saca de feijão-carioca chegou a US$ 70 nesta semana, o que representa uma valorização de 80% desde agosto, ocasião da colheita de segunda safra. Considerado “excelente preço” pelo presidente do Instituto Brasileiro dos Feijões e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, a recomendação para quem tem estoque é de vender.

“É hora de ponderar sobre o fato de que será extremamente difícil acertar no olho da mosca. Esperar e vender no que virá a ser o pico de preço do período é o que todos desejam, mas nem todos conseguirão. Infelizmente, a história do mercado de feijão conta com centenas de produtores que podem relatar o arrependimento de terem perdido o melhor momento para vender”, diz ele.

A saca do carioca, que chegou a US$ 72 nos primeiros três meses de 2023, baixou para US$ 47 em média depois disso até novembro, em um movimento de recomposição de oferta. As três safras da leguminosa em 2022/23 somaram 3,04 milhões de toneladas.

O problema é que os menores preços praticados no segundo semestre de 2023 inibem novos aumentos de área de plantio no verão. Pelo levantamento da Conab, esta primeira safra de feijão deve ser semeada em 858 mil hectares em todo o Brasil, levando em consideração todos os tipos de feijão, mesmo terreno de 2022/23.

Entretanto, lembra Lüders, essa área é 19% inferior ao registrado há cinco anos “A área para o plantio de feijão só vem caindo, diante da falta de incentivos do governo e de um mercado desregulado e esquecido.”

Não bastasse isso, a leguminosa é plantada em todo o país e está sujeita a diferentes efeitos do El Niño. “Em Minas e São Paulo, grandes fornecedores de feijão nesta época, o tempo seco e as temperaturas altas causaram redução na taxa de germinação e abortamento das vagens. No Sul, o problema é o excesso de chuvas, que tem causado doenças. Apenas a Bahia promete uma safra de águas melhor”, diz Lüders.

Portanto, a oferta de feijão nos primeiros meses do ano é incerta, assim como os preços.

Em reais, nesta quarta-feira (3/1) foram reportados negócios com feijão-carioca a R$ 330 em Minas Gerais e R$ 325 no Paraná.

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