Acordar com o coração acelerado por ser em consequência de uma arritmia. Essa anormalidade no ritmo cardíaco é comum pela manhã, logo após acordar, e pode indicar alguma doença cardíaca.
Isso ocorre porque, durante as primeiras horas do dia, o corpo passa por mudanças fisiológicas que podem desencadear alterações no ritmo cardíaco, especialmente em pessoas predispostas a problemas cardíacos.
Por que as arritmias ocorrem pela manhã?
Ao despertar, o corpo libera hormônios como adrenalina e noradrenalina para “acordar” os órgãos. Isso aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, o que pode desestabilizar o ritmo cardíaco.
Além disso, a pressão arterial tende a ser mais baixa durante o sono e aumenta pela manhã. Essa variação pode sobrecarregar o coração e desencadear arritmias.
A arritmia pode causar:
- Palpitações (uma sensação de batida ou vibração no peito)
- Tontura
- Sensação de desmaio
- Falta de ar
- Desconforto no peito
- Cansaço
Quando procurar ajuda médica?
Se as arritmias forem frequentes, acompanhadas de outros sintomas como tontura, dor no peito ou desmaios, é importante consultar um cardiologista. O diagnóstico pode incluir exames como eletrocardiograma (ECG), monitoramento com holter e ecocardiograma.
Causas
As arritmias cardíacas podem ser causadas por uma variedade de fatores. Algumas das causas mais comuns incluem:
- Doenças cardíacas: Condições como doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, miocardite e doenças das válvulas cardíacas.
- Estresse: O estresse crônico ou agudo pode desencadear palpitações em algumas pessoas.
- Consumo excessivo de cafeína: A cafeína é um estimulante que pode acelerar o ritmo cardíaco e, em alguns casos, levar a taquicardia e extra-sístoles.
- Consumo excessivo de álcool: O consumo crônico e pesado de álcool pode danificar o coração e levar a fibrilação atrial em pessoas com pré-disposição.
- Certos medicamentos: Alguns medicamentos, incluindo certos tipos de medicamentos para a asma, antidepressivos e medicamentos para o coração, podem causar arritmias.
- Doença renal: A redução da taxa de filtração glomerular pelos rins pode levar ao aumenta de impurezas no sangue, aumenta o risco de ritmo irregular no coração.
- Desequilíbrios eletrolíticos: Os desequilíbrios nos níveis de eletrólitos, como potássio e magnésio, podem afetar o ritmo cardíaco.
- Doenças da tireoide: Tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem causar distúrbios no ritmo cardíaco.
- Apneia do sono: Esta condição, na qual a respiração para e começa repetidamente durante o sono, pode levar a arritmias.
- Diabetes: O diabetes mal controlado pode levar a doenças cardíacas, que podem resultar em distúrbios do ritmo cardíaco.
- Genética: Algumas arritmias são hereditárias, o que significa que elas são passadas de pais para filhos através dos genes.
É importante lembrar que nem todas as arritmias são causadas por uma condição subjacente grave. Em alguns casos, as arritmias podem ocorrer em pessoas que não têm doenças cardíacas, são saudáveis e até mesmo ser uma variação da normalidade. No entanto, qualquer arritmia deve ser avaliada por um médico para determinar a causa e o tratamento adequado, se necessário.
Tratamento para Arritmia
O tratamento para arritmia pode variar bastante, dependendo do tipo e da gravidade da condição. O objetivo do tratamento é controlar o ritmo cardíaco e prevenir complicações. Segue algumas das opções de tratamento mais comuns:
- Mudanças no estilo de vida: Em alguns casos, fazer mudanças no estilo de vida pode ajudar a controlar a arritmia. Isso pode incluir evitar cafeína e álcool, parar de fumar, manter um peso saudável, controlar o estresse e realizar exercícios físicos regulares.
- Medicamentos: Existem vários medicamentos que podem ser usados para controlar o ritmo cardíaco ou para tratar as condições subjacentes que podem estar causando a arritmia.
- Procedimentos médicos: Em alguns casos, pode ser necessário realizar um procedimento médico para tratar a arritmia. Isso pode incluir a cardioversão, na qual um choque elétrico é usado para restaurar o ritmo cardíaco normal, ou a ablação por cateter, na qual um cateter é usado para destruir as áreas do coração que estão causando a arritmia.
- Cirurgia: Em casos graves, pode ser necessário realizar uma cirurgia para implantar um dispositivo, como um marcapasso ou um desfibrilador implantável, que pode ajudar a controlar o ritmo cardíaco.
Lembre-se, o tratamento mais eficaz para a arritmia depende do tipo e da gravidade da arritmia, bem como de qualquer outra condição médica que o paciente possa ter. É importante discutir todas as opções de tratamento com o seu médico para determinar a melhor abordagem para você.