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Mato Grosso do Sul, 11 de outubro de 2024
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Sobe para cinco número de estados brasileiros que adotaram o toque recolher obrigatório

A entrada em vigor de recolher obrigatório no Ceará e na Bahia,para reduzir a disseminação da covid-19 elevou para cinco o número de estados brasileiros que adotaram esta medida drástica para enfrentar a pandemia.

O toque de recolher entre as 22h e 05h do dia seguinte entra hoje em vigor na Bahia, quarto estado mais populoso do Brasil, com 15 milhões de habitantes, e, por um período de sete dias, só será permitida nesse horário a movimentação de pessoas e veículos para atividades essenciais.

A mesma medida começou a valer na noite de quinta-feira no Ceará, também na região nordeste e o oitavo estado mais populoso do país (9,2 milhões de habitantes), onde o recolher também se estenderá por uma semana.

O Amazonas, estado do norte do Brasil que enfrenta uma grave crise de saúde há um mês devido à falta de camas para pacientes com covid-19 e de oxigênio para quem precisa de ventilador, adotou um recolher mais severo há duas semanas, entre às 19h e as 06h do dia seguinte.

Já no Mato Grosso do Sul, no oeste e na fronteira com o Paraguai e a Bolívia, essa medida foi imposta há também duas semanas, mas apenas para as cidades mais populosas do estado, incluindo a capital regional, Campo Grande.

No Paraná, onde o toque de recolher vigorará até 28 de fevereiro, a medida também é menos restritiva, já que a circulação de pessoas e veículos está proibida entre as 00h e as 05h.

Nesses cinco estados, quase um quinto das 27 unidades federativas que compõem o Brasil, a circulação noturna só é permitida para trabalhadores de setores essenciais como saúde e segurança, enquanto todo o comércio, restaurantes e bares devem permanecer de portas fechadas.

Enquanto no Amazonas o sistema hospitalar já entrou em colapso, nos outros quatro estados a ocupação de camas em unidades de terapia intensiva já ultrapassa os 90% devido ao forte aumento das infecções nas últimas semanas.

Com as medidas restritivas, os governos estaduais procuram reduzir a disseminação do novo coronavírus, que no Brasil já fez cerca de 244 mil mortes e 10 milhões de infecções apenas a uma semana do país completar o primeiro ano desde o registro do primeiro caso oficial, em 26 de fevereiro de 2020, no estado de São Paulo, que também foi o primeiro da América Latina.

Esses dados confirmam o Brasil, com seus 210 milhões de habitantes, como o segundo país do mundo com o maior número de mortes por covid-19, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com o maior número de infectados, atrás da nação norte-americana e da Índia.

O recrudescimento da pandemia coincide com a proliferação de novas estirpes, entre elas a P1, detectada no Amazonas, e que o Ministério da Saúde garantiu ser “três vezes mais contagiosa” que as demais e que já circula em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

O Brasil vacinou cerca de 5,5 milhões de pessoas, menos de 3% sua da população e na maioria médicos, indígenas e idosos, mas vários municípios tiveram de suspender as suas campanhas de imunização por falta de doses e o Governo só prevê as próximas entregas dos antídotos no final de fevereiro.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou hoje que o Governo vai distribuir 4,7 milhões de vacinas entre o final de fevereiro e o início de março, e pediu aos prefeitos que apliquem todas na população prioritária sem reservar as segundas doses necessárias, para acelerar a campanha de imunização.

Segundo Pazuello, como o ministério receberá 21 milhões de vacinas em março, a distribuição dos lotes da segunda dose está garantida no prazo.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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