Na manhã desta sexta-feira (14), uma importante conquista foi celebrada em Dourados, Mato Grosso do Sul, com a assinatura dos contratos que darão início à construção de 581 casas para as comunidades indígenas localizadas em sete municípios do estado. O evento, que marcou um avanço significativo para as famílias de Amambai, Aral Moreira, Caarapó, Dourados, Laguna Carapã, Maracaju e Tacuru, contou com a presença do governador Eduardo Riedel e da ministra Sônia Guajajara, da Secretaria de Povos Indígenas. O projeto, que contará com um investimento de R$ 55,1 milhões do governo federal, traz a promessa de transformação para essas comunidades que, por anos, enfrentaram dificuldades para garantir moradias dignas.
“Essa autorização para a construção de 581 casas é uma vitória importante para as comunidades indígenas. Foi uma conquista que conseguimos junto aos ministérios das Cidades e do Planejamento e Orçamento, e vamos avançar ainda mais no ano que vem, beneficiando outras 24 comunidades indígenas”, afirmou o governador Eduardo Riedel. O investimento visa, assim, dar continuidade a um trabalho que busca atender às necessidades habitacionais das populações tradicionais e dos trabalhadores rurais de Mato Grosso do Sul.
As moradias que serão construídas fazem parte do programa federal Minha Casa, Minha Vida Rural, destinado a atender, especialmente, as populações de áreas rurais, como as comunidades indígenas. Para Mato Grosso do Sul, o projeto recebeu o nome de Oga Porã, que significa “casa bonita” na língua guarani-kaiowá. Essa denominação reflete o compromisso do programa em oferecer moradias que, além de adequadas, respeitam a identidade cultural e as necessidades das comunidades indígenas.
“É muito importante essa parceria entre o Governo Federal e o Governo do Estado para entregarmos essas 581 unidades habitacionais para os povos indígenas aqui da região. Vamos aumentar esse número de entregas, porque a demanda por moradias dignas é muito grande”, destacou a ministra Sônia Guajajara.
Para Dourados, serão construídas 300 unidades habitacionais, que beneficiarão as aldeias Bororó I, II e III, além de Jaguapiru I, II e III. Com isso, a cidade se torna um dos principais focos do programa no estado, com muitas famílias recebendo a oportunidade de sair de condições de moradia precárias e conquistar o sonho da casa própria.
Ao todo, o projeto prevê a construção de 2.336 casas em 24 municípios de Mato Grosso do Sul, sendo que 1.687 unidades são do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) e 649 são do Programa Nacional de Habitação Entidades (PNHE), que visa atender especificamente agricultores familiares, povos indígenas e outras populações rurais. Esses programas têm como objetivo proporcionar moradia adequada e de qualidade, com infraestrutura e respeito às particularidades culturais e sociais de cada comunidade.
Sara Benites, moradora da aldeia Jaguapiru e mãe de dois filhos, falou sobre a importância do programa para sua vida e sua família. “Eu vou ter a minha casa. Agradeço de coração. A importância dessa casa para mim é muito grande. Agora, vou poder mudar minha vida e criar meus filhos no meu lar”, declarou emocionada.
Reinaldo Arevalo, cacique da aldeia Bororó, também se mostrou satisfeito com a iniciativa. “Selecionamos as famílias mais vulneráveis e todos ficaram muito felizes com a notícia. Essas casas são um benefício grande para a nossa comunidade. Vai melhorar muito a vida de quem precisa”, destacou o líder indígena.
Além das autoridades mencionadas, o evento contou com a presença de importantes figuras políticas, como a ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, o ministro Silvio Costa Filho, dos Portos e Aeroportos, o vice-governador José Carlos Barbosa, o “Barbosinha”, e diversos secretários estaduais e municipais. Também marcaram presença prefeitos das cidades envolvidas e outras autoridades federais e estaduais.
O projeto Oga Porã é um passo importante para garantir mais dignidade, qualidade de vida e autonomia para os povos indígenas de Mato Grosso do Sul. Com o apoio contínuo entre os governos federal e estadual, mais famílias terão acesso a moradias adequadas e respeitosas com a sua cultura e história.
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