A violência voltou a assombrar a fronteira do Brasil com o Paraguai. Bruno Pacheco Ferreira foi executado a tiros na manhã desta segunda-feira (24) em Ponta Porã, cidade que faz divisa com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O crime aconteceu no cruzamento das ruas Marechal Floriano e Maracaju, no centro da cidade, e foi registrado por câmeras de segurança, chocando moradores e reforçando o clima de insegurança na região.
O vídeo mostra o momento exato em que Bruno sai de uma loja de ferramentas carregando um pacote e caminha até seu carro, um Gol branco, estacionado logo em frente. Quando abre a porta traseira para guardar ou pegar algum objeto, uma picape Fiat Strada branca se aproxima. Em questão de segundos, um homem mascarado e encapuzado desce do veículo e dispara contra Bruno sem dar qualquer chance de reação. Os tiros são fatais e ele morre no local. Enquanto isso, o atirador volta rapidamente para a picape e foge em alta velocidade.
Testemunhas e cena do crime
No momento da execução, a esposa e um filho pequeno da vítima estavam dentro do carro. O pistoleiro disparou os tiros a poucos centímetros da mulher e da criança, que presenciaram toda a cena, mas saíram ilesas fisicamente. A brutalidade do crime e o fato de ter ocorrido em plena luz do dia aumentam a preocupação com a segurança na fronteira, que já é conhecida por uma história marcada por violência e execuções.
Minutos após a fuga, outro vídeo que circula nas redes sociais mostra a picape utilizada pelos criminosos em chamas em um terreno baldio no bairro Maria Victória, do lado paraguaio da fronteira, em Pedro Juan Caballero. A Fiat Strada, que tinha placas de Aral Moreira (MS), foi totalmente destruída pelo fogo. A polícia ainda investiga se o veículo era roubado.
Possível Ligacão com o crime organizado
As autoridades brasileiras e paraguaias investigam a execução, mas a forma como o crime ocorreu levanta suspeitas sobre possível envolvimento do crime organizado. A região de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero é conhecida pela presença de facções criminosas que disputam o controle do tráfico de drogas e de armas. A violência explodiu entre 2016 e 2023, com uma série de assassinatos brutais. Nos últimos meses, no entanto, a região vivia uma aparente trégua, supostamente fruto de acordos entre grupos rivais.
O assassinato de Bruno Ferreira pode indicar uma retomada dos atentados e execuções encomendadas na fronteira. A frieza e a precisão da ação, aliadas ao uso de um veículo que foi rapidamente incendiado para eliminar vestígios, indicam a atuação de criminosos experientes.
Medidas de segurança e investigacão
A polícia de Ponta Porã e as forças de segurança do Paraguai trabalham em conjunto para tentar identificar e capturar os envolvidos. Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas e testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Também será apurado se Bruno Ferreira tinha ligação com grupos criminosos ou se o crime pode estar relacionado a outros conflitos na região.
Moradores de Ponta Porã vivem sob tensão diante da possibilidade de novos atentados. A cidade, que muitas vezes é vista como um ponto turístico por conta de sua localização estratégica e do comércio em Pedro Juan Caballero, também é palco de disputas violentas entre facções. A execução de Bruno reacende o alerta para o problema crônico da violência na fronteira e a necessidade de uma ação mais eficaz das autoridades para coibir esses crimes.
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