Um momento que era pra ser de pura magia e encantamento virou cena de tensão e susto para o público que lotava a lona do Circo Porto Rico na noite deste domingo, 27 de abril, em Russas, no interior do Ceará. Durante uma das atrações mais aguardadas da noite, um acrobata sofreu uma queda após o rompimento de um cabo de aço que sustentava o tecido usado em sua performance aérea. O artista despencou de uma altura considerável e precisou ser socorrido às pressas.
As imagens registradas por celulares de pessoas na plateia rapidamente se espalharam pelas redes sociais. No vídeo, é possível ver o momento em que o artista executa movimentos coreografados no ar, preso apenas ao tecido, quando de repente a estrutura cede. O silêncio toma conta da plateia e, logo depois, ouve-se o burburinho assustado dos espectadores. Crianças e adultos que assistiam ao espetáculo ficaram visivelmente abalados com a cena.
De acordo com nota oficial divulgada pelo Circo Porto Rico, o artista recebeu atendimento imediato da equipe de apoio presente no local e foi levado ao hospital mais próximo. A direção do circo afirmou que o quadro de saúde do acrobata é estável, e ele segue sob cuidados médicos. O nome do artista não foi divulgado, por decisão da família, mas, segundo relatos de colegas de trabalho, ele já é experiente na arte circense e atua há mais de 10 anos no picadeiro.
O Circo Porto Rico é um dos mais tradicionais em atividade itinerante no país. Com mais de duas décadas de estrada, o grupo viaja pelo Brasil encantando plateias com espetáculos que misturam acrobacias, humor, malabarismo e números de ilusionismo. A trupe se orgulha de ser uma empresa familiar que mantém viva a cultura do circo tradicional, mesmo em tempos digitais.
A queda do acrobata, no entanto, levanta uma questão séria: como está a segurança nos circos brasileiros? Embora as apresentações tragam alegria e admiração, elas exigem extrema preparação e, sobretudo, estrutura adequada. Números aéreos, como o que foi apresentado em Russas, envolvem risco elevado e dependem de equipamentos resistentes, revisões constantes e muito treinamento. O incidente com o cabo de aço, que supostamente rompeu durante a execução do número, acendeu um alerta para a necessidade de protocolos mais rigorosos.
Segundo profissionais da área, acidentes em circos não são frequentes, mas quando acontecem, quase sempre envolvem falhas técnicas ou despreparo com os equipamentos. A perícia técnica deverá investigar o que causou o rompimento do cabo: se houve desgaste natural, defeito de fabricação ou erro na instalação. Ainda não se sabe se o circo havia feito vistoria recente nos aparelhos.
Em nota, a administração do Circo Porto Rico reforçou o compromisso com a segurança e informou que todas as apresentações seguintes seriam suspensas por tempo indeterminado até a avaliação completa dos equipamentos e liberação médica do artista ferido. “Nosso compromisso maior é com a integridade dos nossos artistas e do nosso público. Estamos tomando todas as providências necessárias”, afirmou o comunicado.
Apesar do susto, o episódio também revelou o carinho do público com os artistas circenses. Muitos moradores de Russas foram até o hospital prestar solidariedade, levar mensagens de apoio e oferecer ajuda. A cena de apoio emocionou os colegas de equipe, que disseram estar confiantes na recuperação do acrobata.
A cultura do circo, tão tradicional no Brasil, segue firme, mas depende de segurança e respeito à integridade dos artistas que, diariamente, colocam seus corpos à prova para levar alegria às famílias. O caso de Russas reforça que, por trás das luzes e dos sorrisos, há uma realidade que precisa de atenção e cuidado redobrados.
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