Mato Grosso do Sul, 7 de junho de 2025
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Preço do boi gordo encerra a semana com estabilidade em quase todo o país

Expectativa para a próxima semana é de manutenção dos preços com possibilidade de novas altas pontuais em algumas regiões

O mercado pecuário brasileiro concluiu a primeira semana de junho com um cenário majoritariamente estável nas cotações do boi gordo, reforçando um ambiente de cautela e expectativa entre os agentes do setor. Segundo levantamento realizado pela Scot Consultoria nesta sexta-feira, 6 de junho, entre 32 praças pecuárias avaliadas em todo o país, apenas cinco apresentaram alta nos preços pagos pela arroba: Belo Horizonte, norte de Minas Gerais, oeste do Rio Grande do Sul, Marabá (PA) e Redenção (PA). Em todas as demais regiões, os preços permaneceram inalterados em relação aos dias anteriores.

Em São Paulo, nas tradicionais praças de Barretos e Araçatuba, que servem como importantes referências para o mercado nacional, observou-se uma movimentação sutil ao longo da semana. A conjunção de dois fatores — a escassez de oferta de boiadas e o incremento no escoamento de carne bovina — proporcionou três reajustes positivos para o boi gordo, além de dois aumentos nas cotações da vaca e da novilha gordas. Entretanto, ao final da semana, o mercado fechou de forma estável para todas as categorias, com o boi gordo sendo cotado a R$ 310 por arroba, com pagamento a prazo.

As perspectivas para os próximos dias sinalizam uma possível firmeza nos preços. Conforme indicado pela Scot Consultoria, as escalas de abate estavam, em média, ajustadas para atender a seis dias úteis, o que mantém os frigoríficos atentos às possibilidades de aquisição e reposição de animais dentro de prazos curtos.

Segundo análises do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), há um viés de alta no radar, o que leva muitos pecuaristas — especialmente os localizados em São Paulo — a postergar as vendas, esperando por valores mais atrativos. Do lado dos compradores, a demanda se mantém aquecida, mas a disposição em conceder novos reajustes é contida, refletindo um mercado que busca equilíbrio entre custo e oferta.

A elevação nas cotações do boi gordo também repercute no setor de reposição, especialmente na procura por bezerros. Levantamentos recentes conduzidos pelo Cepea, em parceria com leiloeiras e produtores rurais, apontam que a liquidez para o bezerro está elevada. Já no caso do boi magro, a situação é diferente: a oferta restrita limita a movimentação nos negócios, mesmo com os preços firmes e com relatos de altas pontuais.

Nos confinamentos, o boi magro se consolida como o principal insumo, e seu valor subiu consideravelmente desde o segundo semestre de 2024. De acordo com cálculos realizados pelo Cepea em parceria com a DSM-Tortuga, os custos operacionais dos confinamentos registraram uma alta de 45,9% entre setembro do ano passado e abril deste ano. No mesmo intervalo, o custo específico do boi magro subiu 51,7%, enquanto os insumos da dieta avançaram 34,5%. Os dados foram obtidos com base na média de 11 Estados, considerando estruturas com nível tecnológico básico.

A combinação de custos elevados, oferta limitada e demanda aquecida sustenta o cenário de firmeza para o boi gordo no curto prazo. Embora novas altas não estejam garantidas, o mercado segue atento aos movimentos de oferta e consumo interno, assim como aos desdobramentos do mercado externo, que também exerce influência sobre a cadeia pecuária nacional.

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