O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, a nova edição do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026. Com investimento recorde de R$ 89 bilhões, o programa representa um marco no fortalecimento da produção de alimentos no Brasil, ao direcionar recursos e políticas públicas para mais de 5 milhões de pequenos agricultores em todo o país.
A medida reafirma o compromisso do Governo Federal com o combate à fome, a geração de renda no meio rural e a construção de um modelo produtivo mais justo, sustentável e inclusivo. Do total anunciado, R$ 78,2 bilhões serão operados por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que completa 30 anos como principal instrumento de fomento à agricultura de base familiar.
Foco na dignidade, na inclusão e na segurança alimentar
Durante seu discurso, o presidente Lula destacou que o plano atende à camada da população que mais precisa de políticas públicas. Segundo ele, milhões de homens e mulheres que vivem da agricultura familiar não desejam esmolas, mas sim oportunidades concretas para produzir e viver com dignidade. “O que a gente quer é garantir que quem planta possa colher, viver com dignidade e melhorar de vida com apoio do Estado”, afirmou.
O chefe do Executivo sublinhou ainda que mais da metade dos agricultores familiares do país possui propriedades de até 10 hectares e depende exclusivamente do cultivo para subsistência. “A gente precisa fazer com que o dinheiro chegue aos que mais precisam. Essa é a lógica do programa e essa é a lógica do sucesso”, disse Lula, enfatizando que o novo plano é um instrumento de desenvolvimento econômico com justiça social.
Taxas reduzidas e estímulo à produção orgânica
Com taxas de juros reduzidas para 3% ao ano em linhas destinadas à produção de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão, mandioca e leite e de apenas 2% para cultivos orgânicos e agroecológicos — o plano promove estímulos diretos à segurança alimentar. O crédito rural foi ampliado em 47,5% em relação ao último governo, num claro movimento de valorização da produção familiar e da alimentação saudável.
O plano também prevê o fortalecimento de políticas de compras públicas, seguro agrícola, garantia de preço mínimo, assistência técnica e acesso a mercados, garantindo proteção e apoio contínuo ao agricultor familiar.
Mecanização do campo e permanência da juventude rural
Com a reestruturação do Programa Mais Alimentos, o plano amplia o limite de crédito para aquisição de máquinas e implementos agrícolas. Para equipamentos menores, o teto passou de R$ 50 mil para R$ 100 mil, mantendo taxa de 2,5% ao ano. Para máquinas de até R$ 250 mil, a taxa será de 5%.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a mecanização é estratégica para assegurar a permanência de jovens e mulheres no campo. “Se a gente quiser reter o jovem no campo e incentivar a mulher a se manter na agricultura, a mecanização é decisiva”, afirmou. Ele destacou que houve um aumento de 73,6% nas operações de crédito voltadas à modernização do trabalho rural.
Pronara promove agroecologia e reduz dependência de agrotóxicos
Uma das inovações mais emblemáticas da nova política é a consolidação do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que integra o Plano Safra como instrumento estratégico de transição agroecológica. O programa tem como objetivo reduzir progressivamente a dependência de insumos químicos sintéticos e fortalecer sistemas produtivos baseados em práticas sustentáveis.
Entre as ações previstas estão o incentivo ao uso de bioinsumos, a assistência técnica qualificada, o fortalecimento da pesquisa científica e o monitoramento de resíduos em alimentos e no meio ambiente. Ao colocar o Pronara sob o guarda-chuva do Plano Safra, o Governo Federal articula sustentabilidade, segurança alimentar e soberania produtiva de forma inédita.
A voz dos agricultores e o sentimento de pertencimento
Representantes de entidades ligadas ao campo e beneficiários do crédito fundiário destacaram a importância simbólica e concreta da medida. Josana Lima, da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf), afirmou que o plano reflete uma nova visão de Estado: “Mais que medidas financeiras, ele simboliza um projeto de país onde quem vive da terra tem vez, apoio e respeito.”
O jovem agricultor pernambucano Romário Albuquerque também emocionou ao dar seu depoimento. “É uma honra saber que o governo lembra da gente. O coração está cheio de alegria por ver que o filho de um agricultor pode sonhar, planejar e acreditar que há espaço e dignidade no campo”, declarou.
Construção de um novo projeto de país com raízes na terra
O Plano Safra 2025/2026 simboliza mais do que um conjunto de medidas técnicas ou econômicas. Ele traduz o resgate da confiança entre o povo do campo e o Estado brasileiro, oferecendo suporte concreto àqueles que alimentam milhões de brasileiros todos os dias.
O investimento massivo, os juros baixos, o incentivo à mecanização, a proteção ao meio ambiente e o reconhecimento do protagonismo dos pequenos produtores mostram que o país caminha para uma reconstrução sólida, onde o campo não é apenas um espaço de produção, mas também de cidadania, justiça e esperança.
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