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Mato Grosso do Sul, 19 de abril de 2024
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18 governadores rebatem Bolsonaro: ‘má informação’ e ‘promoção do conflito’

Foto: Adriano Machado
Foto: Adriano Machado

Dezoito governadores reagiram nesta segunda-feira (1º) à postagem do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais durante o fim de semana em que ele detalha valores que teria repassado aos estados em 2020.

“Em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o Governo Federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população”, escrevem os governadores.

A postagem, compartilhada por ministros e apoiadores do presidente, incomodou até mesmo governadores alinhados a Jair Bolsonaro como Ronaldo Caiado, de Goiás, Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, e Ratinho Júnior, do Paraná. Assinam a nota também os governadores de São Paulo, João Doria, do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do Maranhão, Flávio Dino.

Os gestores estaduais esclarecem que os valores apresentados pelo presidente Jair Bolsonaro são repasses obrigatórios previstos na Constituição e abastecem, por meio de impostos pagos pela população, os Fundos de Participação dos Estados e Municípios, Fundeb, SUS e royalties. No total financeiro, os governadores afirmam ainda que foram incluídos valores utilizados para pagamento do auxílio emergencial, “iniciativa do Congresso Nacional”, e suspensões de pagamentos de dívida federal por decisão judicial antes da pandemia.

“Adotando o padrão de comportamento do Presidente da República, caberia aos Estados esclarecer à população que o total dos impostos federais pagos pelos cidadãos e pelas empresas de todos Estados, em 2020, somou R$ 1,479 trilhão. Se os valores totais, conforme postado hoje, somam R$ 837,4 bilhões, pergunta-se: onde foram parar os outros R$ 642 bilhões que cidadãos de cada cidade e cada Estado brasileiro pagaram à União em 2020?”, questionam eles.

Os governadores encerram a nota reforçando a necessidade de adotar medidas mais duras para frear o avanço da Covid-19, iniciativa rechaçada pelo presidente Jair Bolsonaro. “A contenção de aglomerações – preservando ao máximo a atividade econômica, o respeito à ciência e a agilidade na vacinação – constituem o cardápio que deveria estar sendo praticado de forma coordenada pela União na medida em que promove a proteção à vida, o primeiro direito universal de cada ser humano”, concluem.

Veja quem assinou a nota:

Renan Filho – Governador do Estado do Alagoas
Waldez Góes – Governador do Estado do Amapá
Camilo Santana – Governador do Estado do Ceará
Renato Casagrande – Governador do Estado do Espírito Santo
Ronaldo Caiado – Governador do Estado de Goiás
Flávio Dino – Governador do Estado do Maranhão
Helder Barbalho – Governador do Estado do Pará
João Azevêdo – Governador do Estado da Paraíba
Ratinho Júnior – Governador do Estado do Paraná
Paulo Câmara – Governador do Estado de Pernambuco
Wellington Dias – Governador do Estado do Piauí
Cláudio Castro – Governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro
Fátima Bezerra – Governadora do Estado do Rio Grande do Norte
Eduardo Leite – Governador do Estado do Rio Grande do Sul
João Doria – Governador do Estado de São Paulo
Belivaldo Chagas – Governador do Estado de Sergipe
Rui Costa – Governador da Bahia
Mauro Mendes – Governador de Mato Grosso

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