Em tréplica ao senador Sérgio Moro (União-PR) durante discussão na rede social X, na manhã desta sexta-feira (22/11), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, chamou o ex-juiz de “lixo” e “exemplo do que não deve ser o judiciário”. Moro respondia à publicação de Paes que criticava tentativa de Marcelo Bretas de amenizar condenação relativa ao planejamento de golpe.
Na última quinta-feira (21/11), Eduardo Paes publicou, no X, foto de uma postagem de Marcelo Bretas e o chamou de “delinquente”. O antigo juiz da Lava-Jato no Rio de Janeiro, afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), havia publicado, também na quinta, na rede social, uma série de “regras aplicáveis para avaliar a relevância de uma ação criminosa”, em tentativa de amenizar atos golpistas.
Para Bretas, responsáveis por planejar golpe pelo que também foi indiciado o ex-presidente Jair Bolsonaro não deveriam ser punidos, uma vez que teriam desistido da realização do tipo penal de forma “voluntária” antes que ele ocorresse. Segundo ele, entre outros argumentos, “na tentativa o agente QUER praticar o crime, mas NÃO PODE”, enquanto “na desistência voluntária, o agente PODE praticar o crime, mas NÃO QUER praticá-lo”.
Em resposta, o prefeito do Rio o criticou. “Delinquente sendo delinquente”, escreveu; ao que Sergio Moro comentou, na publicação: “Delinquentes eram os seus amigos que ele (Marcelo Bretas) prendeu”. Bretas também devolveu a ofensa e chamou Eduardo Paes de “palhaço” em comentário: “Eu conheço o seu passado, e ele não é nada engraçado. Sua hora vai chegar!”
Em tréplica, portanto, Paes disse que ambos Moro e Marcelo Bretas “são o exemplo do que não deve ser o judiciário”. Segundo ele, os ex-juízes “destruíram a luta contra a corrupção” devido às próprias ambições. “Você (Sergio Moro) ainda conseguiu um emprego de ministro da justiça e foi mais longe na política. Esse aí (Bretas) nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se a sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”
