Mato Grosso do Sul, 10 de maio de 2025
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Mato Grosso do Sul se destaca nacionalmente e apoia pesquisas e empreendedores sociais com investimentos em diferentes áreas

Esses recursos permitem que a gente possa finalizar os nossos estudos para chegar ao mercado, e gerar renda. Temos exemplos de estados que estão investindo em inovação há bastante tempo, e o retorno é grande
Imagens - Bruno Rezende
Imagens - Bruno Rezende

Com investimentos e apoio oferecido em diferentes áreas, o Governo de Mato Grosso do Sul se destaca no ranking dos estados que oferecem maior apoio aos empreendimentos inovadores. Mato Grosso do Sul ocupa o 3° lugar no cenário nacional em número de empreendimentos inovadores em relação à sua população – atrás somente do Rio Grande do Sul e Rondônia.

Os dados são do CLP (Centro de Liderança Pública) e integram o ranking de competividade dos estados. Na classificação do CLP, foram observados o número de aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos e parques científicos vinculados à Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) para cada 1 milhão de habitantes.

Para quem é beneficiado por programas que oferecem apoio a empreendimentos inovadores, como o Tecnova e o Centelha, da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia), o investimento realizado pelo Estado possibilita meios de crescimento para novos negócios.

“Esses recursos permitem que a gente possa finalizar os nossos estudos para chegar ao mercado, e gerar renda. Temos exemplos de estados que estão investindo em inovação há bastante tempo, e o retorno é grande. Quando a gente tem um investimento, como vem acontecendo aqui, ocorre uma mudança de cenário. Hoje o Governo do Estado tem esse olhar, eu tenho certeza que com o tempo a gente vai ter muita indústria saindo daqui, estamos falando de mercados gigantes”, disse a pesquisadora Denise Bretan, farmacêutica e professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

A pesquisadora é uma das responsáveis pela Arandu Biotecnologia, inova ao desenvolver um corante vermelho intenso, natural, obtido com tecnologia limpa, seguro à saúde e de origem pantaneira. A substância vermelha produzida pelo microrganismo encontrado no Pantanal tem vantagens físico-químicas em relação a outros corantes, como cor intensa, estabilidade e solubilidade em água, características interessantes para os mercados alimentício, cosmético e até têxtil. 

“A ideia dos microrganismos de um tempo para cá, ele vem sendo aplicado para os mais diferentes mercados, justamente porque eu consigo fazer isso aqui, que é cultivar em laboratório. Eu não preciso plantar, não preciso ter uma área”, explicou Denise.

O programa Tecnova promove o desenvolvimento econômico, social e tecnológico, incentivando empresas a propor projetos para produtos ou serviços inovadores. Já o programa Centelha estimula a criação de empreendimentos inovadores e a disseminação da cultura empreendedora. 

Em outro ambiente de inovação, a linha e a agulha são os objetos que contribuíram para que um grupo de costureiras pudesse mudar a própria realidade. Tudo começou com o sonho de Ivani Grance, antropóloga, empreendedora e educadora social, que iniciou o projeto “República das Arteiras” para reunir costureiras e consumidores, que posteriormente passou a receber investimentos do Governo do Estado e se tornou uma startup.

“Surgiu da necessidade do consumidor que não encontra esse serviço facilmente. São pessoas de corpos grandes, corpos diversos, projetos de cultura, criadores de moda autoral, que às vezes precisa de um serviço específico e não encontra. Encontra a costureira que faz camisetas em grande quantidade, uniformes, mas aquele projeto mais elaborado e personalizado é mais difícil de encontrar essa mão de obra”, explicou Ivani.

O grande investimento do grupo ocorreu na época da pandemia, e atualmente a plataforma do projeto conta com 145 costureiras em Campo Grande e também em Pernambuco. “Na pandemia, a plaquinha no portão foi por ralo abaixo, mas todo mundo precisava de máscaras. A partir daí começamos o coletivo comum modelo de coworking, trabalhando em rede colaborativa com outras profissionais”, disse a empreendedora.

Suas preferências de cookies

Usamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso.