Mato Grosso do Sul, 10 de maio de 2025
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Gaeco deflagra segunda fase da ‘Operação Snow’ contra tráfico de cocaína em Dourados e outras cidades

O Gaeco, em colaboração com outras forças de segurança, segue empenhado na desarticulação do grupo, que representa uma grave ameaça à segurança pública e à ordem social
Nova etapa é para angariar provas e prender suspeitos de envolvimento com o narcotráfico - Imagens -  Gaeco
Nova etapa é para angariar provas e prender suspeitos de envolvimento com o narcotráfico - Imagens - Gaeco

Na manhã desta quarta-feira, 15 de janeiro de 2025, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deu continuidade à operação ‘Snow’, com a execução de nove mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Piratininga (SP). A ação visa combater uma organização criminosa especializada no tráfico de cocaína, que, na primeira fase da operação, havia sido identificada como uma das mais complexas e violentas do estado de Mato Grosso do Sul.

O desdobramento de hoje é fruto de uma minuciosa investigação que se iniciou com a apreensão de materiais, especialmente celulares, durante a primeira fase da operação em março de 2024. A análise dos aparelhos revelou que ao menos 17 novas pessoas estariam envolvidas na organização, incluindo advogados e até mesmo um policial civil. O grupo, conforme as investigações, operava com uma rede de apoio composta por servidores públicos corruptos, sendo este um dos pilares da ação criminosa.

O líder da organização, segundo apurado, utilizava advogados para garantir a segurança de suas operações, incluindo o monitoramento das investidas das forças de segurança. A atuação desses advogados não se limitava ao âmbito jurídico, mas também se estendia a práticas ilícitas, como a corrupção de agentes públicos para acessar informações privilegiadas e para o controle das cargas de drogas. A colaboração dos advogados era essencial para a manutenção da estrutura criminosa, atuando como conselheiros e facilitadores em situações sensíveis.

A violência também é um dos principais aspectos que marcam a atuação dessa organização. Para resolver disputas internas e externas, especialmente aquelas relacionadas à perda de cargas de cocaína e desacertos entre os membros do tráfico, a organização recorre a métodos brutais, como sequestros e execuções. Muitas dessas mortes ocorreram dentro do próprio círculo de membros da organização, evidenciando o nível de crueldade e controle que o grupo exercia sobre seus integrantes.

A cocaína, principal produto da organização, era escoada de maneira sofisticada. Além de utilizar empresas de transporte para movimentar as cargas, o grupo também contou com o apoio de empresas terceirizadas dos Correios, algo que foi descoberto recentemente, com mais de duas toneladas de cocaína sendo apreendidas em ações policiais relacionadas a essa operação. Esse sistema logístico demonstrou como o tráfico de drogas continua se adaptando a novas estratégias para burlar a fiscalização e a ação das autoridades.

Para garantir a segurança das operações, equipes especializadas foram mobilizadas. O Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), ambos da Polícia Militar, prestaram apoio operacional ao Gaeco. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Corregedoria da Polícia Civil também acompanharam as diligências, dando respaldo e transparência ao andamento da ação.

A operação ‘Snow’ é um exemplo claro de como o crime organizado no Brasil tem se sofisticado, com o envolvimento de profissionais de diferentes áreas e até mesmo de servidores públicos, evidenciando a complexidade do combate ao tráfico de drogas e a importância de um trabalho integrado entre as diversas forças de segurança. A continuidade das investigações deve resultar em mais apreensões e prisões, além de novas descobertas sobre o alcance e as práticas dessa organização criminosa.

O Gaeco, em colaboração com outras forças de segurança, segue empenhado na desarticulação do grupo, que representa uma grave ameaça à segurança pública e à ordem social. A operação também destaca a crescente preocupação com a corrupção dentro das instituições públicas, um desafio adicional para o enfrentamento ao tráfico de drogas no país.

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