Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Crime de Homofobia em Ônibus de Campo Grande: Jovem é alvo de Assédio Religioso e situação sai do controle

“Ele gritava muito alto, mas não falava sobre Deus, só as opiniões dele como se fossem verdades, sendo super homofóbico e racista”, relatou o jovem.
Transporte coletivo em Campo Grande — Foto: Prefeitura de Campo Grande/Divulgação
Transporte coletivo em Campo Grande — Foto: Prefeitura de Campo Grande/Divulgação

O que era para ser uma manhã comum acabou se tornando um pesadelo para um jovem de 20 anos, que foi vítima de assédio religioso e homofobia dentro de um ônibus do Consórcio Guaicurus, em Campo Grande (MS), nesta sexta-feira (24). O rapaz, que se identifica como homossexual, relata ter sido coagido e constrangido por um passageiro que tentou orar por ele à força, alegando que ele “estava com o diabo no corpo”.

Como Tudo Começou

O jovem, que trabalha como social media, embarcou no Terminal General Osório, na linha 081, com destino à Praça Ary Coelho. Desde o início da viagem, um passageiro começou a fazer pregações em voz alta, expressando opiniões preconceituosas e ofensivas, o que deixou muitos passageiros visivelmente desconfortáveis.

“Ele gritava muito alto, mas não falava sobre Deus, só as opiniões dele como se fossem verdades, sendo super homofóbico e racista”, relatou o jovem.

A situação se agravou quando o pregador decidiu que deveria “salvar” o passageiro à força, tentando impor suas crenças de maneira invasiva.

A Oração Forçada e a Reação

Segundo o jovem, o homem se aproximou e insistiu para que ele fechasse os olhos e recebesse a oração, mesmo após ser recusado. “Ele ficou colocando a mão na minha cabeça, tentando me forçar a aceitar. Disse que eu precisava ser salvo, que eu estava com o diabo no corpo”, conta.

Diante da insistência, o jovem se sentiu acuado e reagiu com violência. “Eu estava sentado e ele em pé. Quando ele tentou colocar a mão em mim de novo, dei uma bicuda na barriga dele. Mas ele continuou vindo pra cima e ainda disse que eu iria para o inferno. Então, não aguentei e dei um soco nele antes de descer do ônibus”, detalha.

A vítima desembarcou antes do seu destino, próximo à Santa Casa, e seguiu o restante do trajeto a pé, ainda em choque com o ocorrido.

Revolta e Reflexão

Visivelmente abalado, o jovem acredita que foi alvo do pregador por ser homossexual. “Tenho certeza que ele me escolheu por isso. Ele não fez isso com mais ninguém. Acho que percebeu que sou gay e achou que precisava me ‘salvar’. Foi uma situação muito humilhante e revoltante”, lamenta.

Ele também destaca que ouvir pregações em ônibus já virou algo rotineiro, mas que o problema não está na fé das pessoas, e sim na imposição agressiva de opiniões preconceituosas. “O problema não é falar de Deus, é ser preconceituoso e impor suas crenças como se fossem a única verdade”, desabafa.

O Que Fazer Diante de Casos Assim?

Apesar de não ter registrado imagens do ocorrido, o jovem cogita denunciar o caso às autoridades caso encontre o mesmo pregador em outra ocasião. “Dessa vez eu não fiz queixa, mas se eu ver ele de novo, vou direto na delegacia. Ninguém merece passar por isso.”

Casos de assédio religioso e homofobia como esse são comuns, mas muitos acabam não sendo denunciados por medo ou falta de provas. Especialistas alertam que é fundamental registrar ocorrências para combater esse tipo de crime e garantir respeito às diferenças.

A discussão sobre liberdade religiosa versus respeito à diversidade continua sendo um tema relevante e necessário em tempos de luta por direitos e igualdade.

Fique atento e denuncie casos de assédio religioso e homofobia para as autoridades competentes. Respeito é essencial!

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