Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Libertação no coração de Gaza: Hamas liberta quatro Mulheres soldados israelenses em acordo de cessar-fogo

A libertação das quatro mulheres foi um momento de alívio, mas também um lembrete das cicatrizes profundas deixadas pela guerra, e das complexas negociações que ainda estão por vir
Liri Albag (2ª à esquerda), Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy - Imagem - AFP
Liri Albag (2ª à esquerda), Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy - Imagem - AFP

Na madrugada deste sábado (25), o cenário de guerra em Gaza viu um raro momento de alívio e emoção com a libertação de quatro mulheres soldados israelenses que haviam sido sequestradas durante um ataque do Hamas em outubro de 2023. A libertação dessas reféns foi um marco no complexo acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que busca pôr fim a 15 meses de intensos combates.

As mulheres Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, estavam em um posto de observação em Gaza, quando foram capturadas por combatentes do Hamas no fatídico 7 de outubro. Desde então, elas viveram um pesadelo de cativeiro, longe de suas famílias e amigos, enquanto Israel lançava uma ofensiva militar contra Gaza, em resposta ao ataque do Hamas. Durante esses meses de angústia, as famílias das reféns mantiveram uma vigília incessante, esperando por notícias e por um possível acordo que as trouxesse de volta para casa.

Finalmente, o dia tão esperado chegou. As quatro mulheres foram liberadas em um evento simbólico na Cidade de Gaza, onde uma grande multidão de palestinos acompanhou o ato. Elas foram trazidas até um pódio, cercadas por dezenas de homens armados do Hamas, e, apesar do contexto tenso, acenaram e sorriram para os presentes, uma visão que tocou profundamente os espectadores. Este foi um dos momentos mais emocionantes de todo o processo de negociação.

Após a liberação, as reféns foram conduzidas por veículos da Cruz Vermelha, que as levaram para o lado israelense da fronteira, onde foram finalmente reunidas com suas famílias. Em Tel Aviv, na chamada Praça dos Reféns, centenas de israelenses se reuniram para acompanhar a transmissão ao vivo da libertação. Lá, lágrimas de alegria e um mar de aplausos celebraram o retorno das quatro mulheres. Os momentos de emoção foram intensos, com familiares abraçando-se e gritando palavras de alívio. As mulheres foram então levadas para um hospital no centro de Israel para iniciar o processo de recuperação física e emocional, após o cativeiro que durou 15 longos meses.

O Hamas, por sua vez, fez a troca de reféns como parte de um acordo que também envolveu a libertação de cerca de 200 prisioneiros palestinos. Esses prisioneiros, em sua maioria, estavam cumprindo penas pesadas por envolvimento em ataques que resultaram na morte de dezenas de israelenses. O Hamas detalhou que, desses 200, cerca de 70 seriam deportados, sendo transportados de volta para áreas da Cisjordânia. O transporte dos prisioneiros foi acompanhado por ônibus que saíram da prisão militar de Ofer, na Cisjordânia ocupada, logo após a libertação das mulheres soldados israelenses.

Este acordo de cessar-fogo não é o primeiro desde o início das negociações. Em 19 de janeiro, um primeiro acordo mediado por Catar e Egito com o apoio dos Estados Unidos resultou na libertação de 33 reféns israelenses, incluindo crianças, mulheres e idosos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos. Esse primeiro gesto ajudou a estabelecer uma breve trégua, mas a tensão ainda é palpável, já que a guerra entre os dois lados continua a ceifar vidas e a destruir a infraestrutura de Gaza.

O foco agora está na continuação das negociações e no cumprimento das próximas fases do acordo. Até o momento, 90 reféns ainda estão em cativeiro no território palestino, e a angústia das famílias que aguardam por seus entes queridos é palpável. Muitos temem que o cessar-fogo, que ainda é frágil, possa ser rompido antes que todos os reféns sejam libertados. Israel, por sua vez, também enfrenta a dura realidade de que cerca de um terço dos reféns já podem estar mortos.

O acordo de cessar-fogo prevê que, nas próximas fases, o Hamas libertará os demais reféns israelenses, incluindo homens em idade militar, enquanto as tropas israelenses continuarão sua retirada de Gaza. No entanto, esse processo está longe de ser simples, especialmente considerando a devastação que a região tem enfrentado. Gaza, em grande parte destruída após meses de intensos bombardeios e combates, ainda vive uma crise humanitária de grandes proporções, com dezenas de milhares de mortos palestinos.

Apesar dos acordos, a situação continua tensa. O Hamas e Israel ainda negociam sobre o futuro das próximas fases da troca de prisioneiros e sobre a retirada das forças israelenses de Gaza. As famílias das vítimas ainda têm muitas perguntas sem resposta, especialmente aquelas que não têm seus entes queridos incluídos nesta fase de libertação.

A libertação das quatro mulheres foi um momento de alívio, mas também um lembrete das cicatrizes profundas deixadas pela guerra, e das complexas negociações que ainda estão por vir. A esperança é de que, ao menos para essas quatro mulheres, o pesadelo tenha acabado, mas para muitos outros, a luta pela liberdade continua.

Este episódio é mais um capítulo de uma longa e dolorosa história, e o futuro de Gaza e Israel ainda está por ser escrito. No entanto, enquanto houver negociação e alguma esperança de liberdade, há aqueles que acreditam que o cessar-fogo pode ser o primeiro passo para a paz, mesmo que distante e incerta.

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