A sexta-feira, 31 de janeiro, trouxe uma notícia que deve impactar o bolso de muitos brasileiros: a Petrobras anunciou o aumento do preço do diesel em R$ 0,22 por litro. O reajuste entra em vigor já a partir deste sábado, 1º de fevereiro, e significa que o litro do diesel nas refinarias passará a custar R$ 3,72. Para quem acompanha o mercado de combustíveis, esse aumento vinha sendo esperado, já que o preço do diesel estava sem reajustes há 401 dias, gerando uma defasagem de 17% em relação aos preços internacionais.
Porém, os cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicam que, para que a Petrobras se equiparasse completamente ao valor praticado no mercado externo, o reajuste necessário deveria ser de R$ 0,59 por litro, ou seja, a alta de R$ 0,22 está longe de resolver o problema da defasagem dos preços.
Essa diferença, que pode até passar despercebida por alguns, acaba refletindo no preço final do diesel nos postos de combustíveis. Quando se leva em conta a mistura obrigatória de 14% de biodiesel no diesel A para a formação do diesel B (o tipo vendido nos postos), a parcela que cabe à Petrobras na formação do preço ao consumidor passa a ser de R$ 3,20, uma variação de R$ 0,19 por litro.
Vale lembrar que o último reajuste do diesel nas distribuidoras foi realizado no final de 2023, quando o preço caiu R$ 0,77 por litro. Essa redução de 17,1% foi significativa, mas com a inflação e o aumento dos custos de produção e importação, o valor atual já estava defasado.
A decisão de realizar esse ajuste foi pressionada por investidores privados, que insistem na necessidade de acompanhar os preços internacionais, especialmente em um momento de alta nos mercados globais de petróleo. Porém, a Petrobras também estava cautelosa, com o governo federal observando atentamente as consequências que um aumento no preço do diesel poderia ter na inflação dos alimentos, o que afeta diretamente o bolso dos brasileiros.
A decisão de reajustar o preço vem em meio a uma pressão política sobre o governo. No começo da semana, uma pesquisa apontou que a rejeição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva havia superado a aprovação, algo que fez com que o tema combustível se tornasse ainda mais sensível. A popularidade do governo está no radar dos analistas, e qualquer mudança que impacte diretamente o custo de vida, como o aumento no diesel, pode resultar em mais turbulência política.
Porém, o mercado financeiro reagiu de forma positiva ao anúncio. As ações da Petrobras registraram alta, com os papéis ON subindo 0,68% e as preferenciais subindo 0,80%. Esse movimento mostra que o reajuste, embora moderado, trouxe alívio para investidores que estavam ansiosos por uma correção nos preços, diante da defasagem em relação ao exterior.
Em outra frente, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também anunciou uma redução de 1% no preço do gás natural, que também será repassada às distribuidoras a partir deste sábado. Essa medida é parte das regras de reajustes contratuais e visa equilibrar os preços, mas a atenção do mercado e da população segue voltada para os combustíveis mais consumidos, como o diesel e a gasolina.
O que se sabe é que esse aumento, embora tímido, é apenas o começo de um cenário mais amplo de ajustes que podem acontecer ao longo do ano. A Petrobras, enquanto estatal, precisa equilibrar as pressões externas e internas, enquanto o governo tenta preservar o controle da inflação e manter o apoio popular.
Como isso impacta diretamente o bolso dos brasileiros? Bom, o efeito do aumento no diesel será sentido não só no transporte de carga e logística, mas também no preço final dos produtos nas prateleiras. E claro, no abastecimento dos caminhões, ônibus e outros veículos pesados que dependem do diesel para funcionar. Isso significa que a conta vai chegar para todo mundo, de uma forma ou de outra.
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