A saúde pública de Campo Grande está em alerta! Um inquérito civil foi instaurado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para investigar a fila de 741 pacientes que aguardam na espera por um exame essencial para a detecção precoce de doenças graves, como o câncer. O exame de cintilografia, que é fundamental para o diagnóstico e prevenção de várias condições de saúde, está causando grande agonia entre os moradores da capital.
Os hospitais envolvidos nesta história são os tradicionais e mais importantes da cidade: Santa Casa, Hospital do Câncer Dr. Alfredo Abrão e Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Todos possuem a obrigação de oferecer esse exame, mas o grande número de pacientes à espera está colocando em xeque a eficiência e a agilidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
A promotora de Justiça, Daniella Costa, é a responsável pelo inquérito que busca respostas e soluções rápidas. Para ela, a falta de exames adequados está diretamente ligada à demora no início dos tratamentos, prejudicando o atendimento integral e eficaz dos pacientes. O Ministério Público cobrou um prazo de 20 dias para que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) e a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) expliquem as razões dessa espera e o que está sendo feito para resolver a situação. E mais, o MPMS quer saber se esses hospitais estão cumprindo a cota de exames exigida e se os pacientes estão sendo incluídos no programa “MS Mais Saúde, Menos Fila” – um plano estadual lançado em 2023 com o objetivo de reduzir a fila de espera por diversos exames e tratamentos.
O exame de cintilografia é de extrema importância, pois permite visualizar o funcionamento dos órgãos e tecidos do corpo humano, utilizando uma pequena quantidade de radiação. O procedimento pode ajudar na detecção precoce de doenças graves como problemas cardíacos, cânceres e distúrbios nos ossos, cérebro e pulmões, entre outros. Esse exame é parte crucial de uma medicina preventiva e precisa ser feito de forma eficiente e rápida. No entanto, a falta de disponibilidade e a demora nos agendamentos têm levado muitos pacientes a enfrentarem o medo de que sua condição se agrave enquanto esperam pela oportunidade de realizar o exame.

No entanto, a investigação não para por aí. O MPMS também está apurando outras irregularidades na área da saúde, mais especificamente em clínicas de estética de Campo Grande. As autuações da Vigilância Sanitária revelaram práticas irregulares, como o armazenamento inadequado de produtos, incluindo toxina botulínica não autorizada pela Anvisa, e o descumprimento das normas sanitárias em diversas clínicas da cidade. Esses estabelecimentos estão sendo investigados para garantir que os profissionais da estética estejam devidamente habilitados e que os serviços prestados não coloquem a saúde da população em risco.
A situação reflete uma realidade preocupante para os moradores de Campo Grande, que enfrentam não só as incertezas na fila de espera dos exames de cintilografia, mas também a falta de transparência e o descumprimento de normas em clínicas de saúde e estética. A comunidade exige respostas rápidas e efetivas do poder público, e a pressão para que soluções sejam encontradas tem crescido a cada dia.
Para quem está na fila de espera, o alívio parece estar distante, mas a movimentação do MPMS pode ser a chave para abrir portas e garantir a agilidade necessária para salvar vidas. Só o tempo dirá se as autoridades conseguirão responder a altura desse desafio, mas o que é certo é que os moradores não podem mais esperar.
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