Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
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Feminicídio Zero: Campanha leva luta contra a violência às mulheres para o coração do Carnaval

Iniciativa do governo federal ocupa a Sapucaí para conscientizar sobre feminicídio e assédio nas festas
O assédio sexual é uma conduta criminosa, que pode levar à cadeia aquele que o pratica. Imagem ilustrativa.
O assédio sexual é uma conduta criminosa, que pode levar à cadeia aquele que o pratica. Imagem ilustrativa.

O Ministério das Mulheres lançou nesta sexta-feira (7), no Rio de Janeiro, a campanha Feminicídio Zero na Sapucaí, uma iniciativa que busca conscientizar e mobilizar a sociedade para o enfrentamento à violência contra a mulher. Com a mensagem principal “Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, a campanha tem como objetivo ampliar o debate sobre o feminicídio, promover ações educativas e incentivar denúncias, garantindo que a folia seja um espaço seguro para todas.

A ação conta com o apoio do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) e da Prefeitura do Rio. Durante o Carnaval, mensagens da campanha serão exibidas em diferentes espaços do Sambódromo, incluindo painéis, faixas carregadas por mulheres na avenida, adesivos em portas de banheiros e materiais gráficos distribuídos ao público.

Objetivos da campanha

A campanha Feminicídio Zero é uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres e atua em diversas frentes para combater a violência de gênero. Entre seus principais objetivos estão:

  • Conscientizar a sociedade sobre os sinais da violência contra a mulher e incentivar a denúncia.
  • Garantir informação sobre canais de apoio, como a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 (também disponível no WhatsApp: (61) 9610-0180).
  • Ampliar o debate sobre a necessidade de medidas preventivas para reduzir os índices de feminicídio no Brasil.
  • Engajar influenciadores e setores da sociedade na luta contra o machismo e a misoginia.
  • Reforçar o compromisso do poder público com políticas eficazes para a proteção das mulheres.

Um Carnaval sem assédio e violência

O Carnaval deve ser um momento de alegria, não de assédio. Por isso, as mensagens da campanha reforçam que o respeito às mulheres deve ser prioridade. Homens também são chamados a se posicionar contra a violência e a não serem coniventes com agressões.

“Para ter igualdade, precisamos estar vivas, inteiras, sem ser violentadas e estupradas. Acredito que é possível mudar a sociedade brasileira para que ela não seja de violência, mas de respeito às mulheres. Temos feito nossa parte com política pública e investimento em recursos. Mas só isso não basta. Cada ser humano deve entender que isso é um problema de todos. Precisamos ouvir o grito das mulheres e das crianças”, declarou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

A campanha conta também com o apoio dos ministérios da Igualdade Racial e da Saúde. Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o combate à violência contra a mulher não é apenas um problema de segurança, mas também uma questão de saúde pública.

“Violência é uma questão de saúde. O SUS não precisa lidar apenas com o impacto da violência. O papel da saúde é também se somar à prevenção. Não queremos a necessidade de ter mais salas de acolhimento. Porque a prevenção é fundamental”, afirmou Nísia.

Já a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou a importância da campanha no contexto do Carnaval e do protagonismo das mulheres negras na festa:

“Nenhum tipo de violência ou assédio é normal e aceitável. Seguimos reafirmando essa luta para que toda mulher do país seja livre e respeitada. Carnaval é feito a muitas mãos por mulheres negras trabalhadoras. É uma luta que começou há muito tempo. Enquanto for normal ver mulher sendo assassinada e silenciada, a gente precisa lutar cada vez mais.”

Uma cidade mais segura para as mulheres

A Prefeitura do Rio de Janeiro também se uniu à campanha e enxerga o Carnaval como um momento estratégico para impulsionar o debate sobre o feminicídio e a segurança das mulheres na cidade.

“Essa violência de que falamos aflige todas nós em algum momento da vida. Queremos promover políticas transformadoras. Este ano, o sábado das campeãs cai no Dia Internacional da Mulher (8 de março), e essa é mais uma oportunidade para defender essa causa e fazer uma cidade mais segura para as mulheres”, disse a secretária de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro, Joyce Trindade.

Com a campanha Feminicídio Zero, o governo federal, apoiado por diferentes órgãos e setores da sociedade, reforça a importância da luta pela proteção das mulheres. Carnaval é festa, alegria e celebração – e deve ser também um espaço de respeito e segurança para todas.

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