Mato Grosso do Sul, 17 de maio de 2025
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Jovem sequestrado e espancado por facção após acusação de furto de celular no Jardim Noroeste

Vítima foi resgatada pela Polícia Militar e levada com lesões para a Santa Casa; acusados são membros de facção e agiram sob ordens de seus superiores
Suspeitos foram presos na Rua Barbacena, no Jardim Noroeste
Suspeitos foram presos na Rua Barbacena, no Jardim Noroeste

Na tarde deste domingo (16), um jovem de 21 anos foi sequestrado, espancado e torturado por quatro homens no Jardim Noroeste, em Campo Grande, após ser acusado por moradores de furtar um celular. O crime, que envolveu a participação de faccionados e foi orquestrado por “chefes” da facção, gerou grande comoção no bairro e teve um desfecho dramático, mas que contou com a atuação rápida e eficaz da Polícia Militar.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 14h, depois que o jovem foi visto sendo forçado a entrar em um veículo Fiat Uno, aparentemente contra sua vontade. Durante rondas pelo bairro, uma equipe da PM avistou o carro suspeito na Rua Vaz de Caminha e tentou realizar uma abordagem, mas o motorista fugiu em alta velocidade, desobedecendo a ordem de parada.

A perseguição continuou pelas ruas do bairro, até que, na Rua Barbacena, os policiais conseguiram alcançar o veículo e abordar os ocupantes. Durante a abordagem, um dos suspeitos informou que havia sido retirado à força de sua casa pelos comparsas, que haviam recebido ordens de superiores da facção para cobrar uma dívida da vítima. O relato dos criminosos foi uma confirmação das suspeitas da polícia de que a tortura era parte de uma execução imposta pela facção.

Os criminosos admitiram à polícia que haviam agredido fisicamente o jovem como forma de punição por ele ter furtado um celular, e todos os envolvidos são membros de facções criminosas. Dois dos agressores estavam usando tornozeleiras eletrônicas, o que levantou ainda mais a suspeita de que o crime estivesse sendo orquestrado por ordens superiores, com a intenção de intimidar e fazer valer a “lei” imposta pelos traficantes.

Após a abordagem, a polícia descobriu que o veículo utilizado no crime tinha registro de roubo e furto. Por esse motivo, o carro foi apreendido e levado para a Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv). A vítima, que apresentava múltiplas lesões no corpo devido às agressões, foi socorrida no local e encaminhada com urgência para a Santa Casa, onde recebeu atendimento médico.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Cepol, sob as acusações de sequestro, cárcere privado, receptação, desobediência e tortura. A Polícia Civil agora investiga o envolvimento de outros membros da facção e trabalha para identificar os “chefes” que teriam dado a ordem para a execução do crime.

A violência relacionada a facções criminosas segue sendo um desafio para a segurança pública, com ações como essa demonstrando a necessidade de medidas mais eficazes para combater o poder paralelo que age nas comunidades. O caso deste domingo reforça a importância de um trabalho integrado entre as forças policiais e a comunidade para evitar que crimes desse tipo se tornem mais comuns e recorrentes.

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