Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Casa da Mulher Brasileira passa por reformulação em Mato Grosso do Sul

Governo do Estado e Ministério das Mulheres discutem mudanças para melhorar atendimento e garantir mais proteção às vítimas de violência
Imagens - Bruno Rezende
Imagens - Bruno Rezende

A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, referência no acolhimento e proteção de mulheres em situação de violência, passará por uma reformulação nos seus processos de atendimento e gestão. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada nesta terça-feira (18), entre o Governo de Mato Grosso do Sul e o Ministério das Mulheres.

O governador Eduardo Riedel recebeu a ministra Cida Gonçalves para discutir melhorias e definir prioridades para tornar os serviços mais eficientes. O encontro contou com a presença de representantes do Governo Federal, do Estado e de instituições que atuam diretamente na Casa da Mulher Brasileira. O principal objetivo é aprimorar o funcionamento da unidade e garantir um atendimento mais ágil, humanizado e integrado.

“A ministra Cida veio pessoalmente trazer uma série de observações e análises sobre o que precisa ser melhorado. Nós falhamos enquanto Estado, e não se trata de uma falha individual, mas sim de um conjunto de fatores: informação, tecnologia, equipamento, gestão. E a ministra vem corroborar e apontar alguns pontos que temos discutido para melhorar. Designei o nosso vice-governador Barbosinha para acompanhar as ações e medidas”, declarou o governador.

O que vai mudar na Casa da Mulher Brasileira?

Um dos principais desafios apontados pelas autoridades é a falta de integração entre os sistemas da Casa. Atualmente, os registros ainda são feitos de forma manual, dificultando a troca de informações entre os órgãos que atuam no local, como Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Polícia Civil e equipes psicossociais.

“A gente tem um histórico de ótimos serviços prestados, mas também temos problemas. Então, vamos nos debruçar sobre eles. O principal é olhar com lupa todos esses processos e investir o que for preciso nessa cadeia de ação para garantir a proteção das mulheres”, afirmou Riedel.

A ministra Cida Gonçalves reforçou que as mudanças visam recuperar o modelo inicial da Casa da Mulher Brasileira, que foi projetado para oferecer um atendimento integrado e humanizado.

“Hoje, infelizmente, não conseguimos fazer com que os sistemas conversem entre si. As falhas não são apenas de gestão, mas de toda a estrutura organizacional da Casa. O sistema tecnológico ainda está muito aquém do necessário para atender as mulheres com eficiência. Quero dizer às mulheres de Mato Grosso do Sul que acreditem nesse serviço, não desistam, porque estamos aqui para melhorar. Esse é um serviço de qualidade e vamos garantir que ele funcione da melhor forma possível”, declarou a ministra.

Expansão e novas unidades no Estado

Campo Grande foi a primeira cidade do Brasil a receber uma Casa da Mulher Brasileira, inaugurada em fevereiro de 2015. Desde então, Mato Grosso do Sul tem investido na ampliação de espaços de acolhimento para mulheres vítimas de violência. O Estado já conta com as chamadas “Salas Lilás” em 48 municípios, locais específicos para o atendimento de mulheres, adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade.

Além disso, o governo estadual firmou um acordo de cooperação técnica com o Governo Federal para a implementação de novas unidades da Casa da Mulher Brasileira em Dourados e Corumbá. Em julho de 2024, foi anunciada a construção de mais uma unidade em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, fruto de uma parceria entre os governos federal, estadual e a Itaipu Binacional.

“Apenas dez Casas da Mulher Brasileira estão em funcionamento no país, e uma delas é a de Campo Grande. Nosso objetivo é revisar os processos administrativos e políticos para garantir que as unidades funcionem de forma eficiente. Cada instituição tem sua autonomia, então é necessário um esforço conjunto para unificar os procedimentos e melhorar a assistência às vítimas”, destacou Cida Gonçalves.

Parceria para fortalecer o combate à violência contra a mulher

A reformulação da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande faz parte de um esforço maior para aprimorar as políticas de combate à violência de gênero em Mato Grosso do Sul. Em janeiro de 2024, o Estado aderiu ao programa “Mulher, Viver sem Violência”, uma iniciativa do Governo Federal que busca ampliar os serviços de acolhimento e proteção às mulheres em situação de risco.

Além do governador Eduardo Riedel e da ministra Cida Gonçalves, participaram da reunião o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha), a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Manuela Bailosa, e representantes do Ministério das Mulheres, como a ouvidora Graziele Carra Dias e a diretora de Proteção de Direitos, Pagu Rodrigues.

Com o compromisso do Governo do Estado e do Ministério das Mulheres, a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande passará por mudanças estruturais e operacionais para garantir um atendimento mais ágil, seguro e eficiente às mulheres que buscam ajuda. O objetivo é fortalecer a rede de proteção e oferecer suporte para que vítimas de violência possam reconstruir suas vidas com dignidade e segurança.

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