Mais um caso de feminicídio abala Mato Grosso do Sul. Juliana Domingues, 28 anos, foi assassinada pelo próprio marido, Wilson Garcia, na noite desta terça-feira (18), no acampamento indígena Nhu Porã, localizado próximo ao Pesqueiro Kanoa, em Dourados. O crime, cometido com uma foice, aconteceu diante do filho do casal, uma criança de apenas 8 anos, que presenciou toda a brutalidade.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), o casal teria passado horas discutindo. Por volta das 22h, do lado de fora da residência, Wilson desferiu golpes fatais na cabeça de Juliana e fugiu de bicicleta logo em seguida. A polícia militar e civil estão mobilizadas na busca pelo suspeito, que pode estar escondido na região ou na aldeia de Caarapó, onde tem familiares.
Crime violento e cena desoladora
Quando as autoridades chegaram ao local, se depararam com um cenário de horror. Juliana jazia no chão, ao lado de um celular e de um facão, que possivelmente usou para tentar se defender, embora a ferramenta não apresentasse marcas de sangue. A foice ensanguentada, usada por Wilson no crime, foi encontrada nas proximidades da casa.
A irmã da vítima auxiliou os policiais na conversa com a criança, fazendo a tradução, pois o menino tem dificuldades em se expressar em português. O garoto estava em choque e, devido à sua tenra idade, as informações colhidas ainda são limitadas. O motivo da briga que levou ao assassinato não foi revelado.
Terceiro feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul
O caso de Juliana Domingues é o terceiro feminicídio registrado no estado apenas nos primeiros meses de 2025. A violência doméstica tem sido um problema recorrente e alarmante, e reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes na proteção das mulheres.
Dados recentes apontam que Mato Grosso do Sul tem um dos índices mais altos de feminicídios no país, e Dourados é uma das cidades com maior incidência desse tipo de crime. A Polícia Civil investiga o caso e pede ajuda da população para localizar Wilson Garcia. Quem tiver informações sobre o paradeiro do suspeito pode entrar em contato anonimamente pelo telefone 190.
Violência contra a mulher: um problema que precisa de solução
Especialistas em segurança pública e defesa dos direitos das mulheres reforçam que o feminicídio é o resultado extremo de um ciclo de violência que muitas vezes começa com agressões verbais, ameaças e violência psicológica. O medo, a dependência financeira e a falta de suporte impedem muitas vítimas de denunciarem os abusos antes que o pior aconteça.
O governo estadual tem investido na ampliação da rede de apoio às mulheres, com casas de acolhimento e serviços de assistência, mas os índices ainda são preocupantes. Campanhas de conscientização e medidas de proteção precisam ser reforçadas para evitar que mais vítimas percam suas vidas para a violência doméstica.
O feminicídio de Juliana Domingues é mais um grito de alerta para a urgência de mudanças efetivas. A população também pode fazer sua parte, denunciando situações de violência pelo Disque 180, canal anônimo de atendimento às mulheres em risco.
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