Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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França avalia expandir sua proteção nuclear para aliados europeus e reflete sobre o futuro da defesa continental

Emmanuel Macron destaca ameaças geopolíticas crescentes e reforça a necessidade de uma Europa mais independente em defesa e segurança
Imagem - Omer Messinger/EFE
Imagem - Omer Messinger/EFE

Em uma declaração histórica e de grande impacto, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a França está disposta a considerar a ampliação de sua proteção nuclear para os aliados europeus, em um movimento que visa fortalecer a segurança do continente frente a novas ameaças geopolíticas, especialmente em relação à Rússia. Essa decisão ocorre no contexto da crescente tensão global e da reconfiguração das alianças internacionais, especialmente com a mudança de postura dos Estados Unidos em relação ao apoio à Ucrânia.

Macron, em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais na quarta-feira (5), destacou a importância de a Europa assumir uma postura mais firme e autônoma em relação à defesa, sem depender exclusivamente do apoio dos Estados Unidos. “Eu decidi abrir o debate estratégico sobre a proteção de nossos aliados no continente europeu, com o uso de nossa dissuasão nuclear”, afirmou, explicando que a França, com seu arsenal nuclear soberano e completo, tem condições de proteger seus vizinhos em momentos de grande necessidade. O presidente reiterou que, no entanto, a decisão final sobre o uso da dissuasão nuclear continuará sendo uma prerrogativa do chefe de Estado francês, como comandante supremo das forças armadas.

Este anúncio reflete uma mudança significativa na política de defesa da França e marca uma tentativa de resposta às novas dinâmicas do poder global. “Nossa dissuasão nuclear nos protege de forma robusta, muito mais do que muitos de nossos vizinhos, mas a Europa precisa se preparar para os novos tempos”, acrescentou Macron, fazendo uma alerta sobre os riscos da falta de preparação frente à ameaça russa.

O presidente francês também fez um diagnóstico sobre a situação dos Estados Unidos, que têm demonstrado um apoio mais tímido à Ucrânia em comparação com o início da guerra. “Os Estados Unidos mudaram de posição sobre esta guerra, estão lançando dúvidas sobre o que acontecerá a seguir. Precisamos estar prontos para qualquer cenário, mesmo se os americanos não estiverem ao nosso lado”, declarou Macron, reforçando que a Europa não pode continuar sendo um espectador passivo das tensões internacionais, especialmente em relação ao impacto da guerra na Ucrânia.

Além disso, Macron destacou que a França precisa se empenhar mais para fortalecer a sua independência em questões de defesa, segurança e soberania. Ele revelou planos para convocar uma reunião com outros líderes europeus em Paris, já na próxima semana, para discutir uma possível maior autonomia militar do continente, o que pode incluir o envio de tropas de manutenção da paz para a Ucrânia, assim que um acordo de paz for assinado. Essa medida visa garantir a segurança da Ucrânia e evitar qualquer nova ofensiva russa no futuro.

O presidente francês também comentou a proposta de Friedrich Merz, provável próximo chanceler da Alemanha, que sugeriu que a França e o Reino Unido, as duas potências nucleares da Europa, considerem estender a proteção nuclear a outros países europeus. Macron já havia se mostrado favorável a essa ideia em conversas anteriores, incluindo uma declaração feita à estação de TV portuguesa RTP, na qual disse estar aberto a discutir um aumento da autonomia europeia em relação à defesa nuclear.

A reunião de Macron com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, realizada dias antes de seu pronunciamento, também foi crucial para reforçar a parceria entre esses países no contexto da guerra. A França, como líder na OTAN, tem se posicionado como um dos maiores apoiadores da Ucrânia, mas agora, ao reforçar a autonomia militar da Europa, Macron parece indicar que o continente precisa estar mais preparado para agir sem depender exclusivamente dos Estados Unidos.

Macron e os líderes europeus estão cada vez mais conscientes de que a guerra na Ucrânia pode durar mais do que o esperado e que a Europa precisa estar mais forte e autossuficiente em questões de defesa. O presidente francês, por meio de suas declarações, deixa claro que a segurança do continente é uma prioridade crescente, e que medidas precisam ser tomadas para garantir que a Europa seja capaz de se proteger de ameaças externas, especialmente com a Rússia cada vez mais agressiva no cenário internacional.

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