Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
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Noite de emoção e despedidas no desfile das campeãs do Carnaval 2025

Escolas de samba brilham na Sapucaí e grandes nomes se despedem da Avenida
Imagem - Fabio Motta
Imagem - Fabio Motta

A noite de sábado foi de pura emoção na Marquês de Sapucaí, onde as seis melhores escolas de samba do Carnaval 2025 voltaram para mais um espetáculo no tradicional Desfile das Campeãs. Mas, além da vibração e do luxo das alegorias, o evento também ficou marcado por despedidas de grandes nomes do samba, como Neguinho da Beija-Flor, Paolla Oliveira e Erika Januza, que não retornarão a seus postos em 2026.

Mangueira celebra a cultura Bantu e rebate polêmica sobre tempo de desfile

Abrindo o desfile, a Estação Primeira de Mangueira trouxe para a avenida um espetáculo grandioso com o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”, homenageando a influência do povo Bantu na cultura carioca. O desfile impressionou pela força das alegorias e pela riqueza do enredo, mas rumores sobre uma suposta punição por ultrapassar o tempo permitido geraram comentários.

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) tratou de esclarecer: “Foi acertado em plenária que cada escola teria 70 minutos para desfilar, com direito a uma tolerância de 10 minutos”, explicou a entidade. A Mangueira, que terminou seu desfile com 76 minutos, garantiu que não houve penalidade.

Portela exalta Milton Nascimento e emociona o público

A Portela fez um desfile impecável em homenagem a Milton Nascimento com o enredo “Cantar Será Buscar o Caminho Que Vai Dar no Sol”. A grande surpresa da noite foi o próprio Bituca, que retornou à Avenida em um dos carros alegóricos, arrancando aplausos do público. No desfile oficial, a escola enfrentou um susto com um carro quebrado, mas para o Desfile das Campeãs tudo foi ajustado e a escola brilhou sem intercorrências.

Viradouro se despede de Erika Januza em noite de emoção

A Unidos do Viradouro fez um desfile carregado de emoção, principalmente por conta da despedida de Erika Januza do posto de rainha de bateria. “O cargo não é meu, eu sou apenas um instrumento da escola. Vou sentir saudade, fui muito feliz aqui”, declarou a atriz.

Com o enredo “Malunguinho – Mensageiro de Três Mundos”, a Viradouro fez um desfile vibrante e poderoso, sem contratempos.

Imperatriz entra com força e celebra seu 3º lugar

A Imperatriz Leopoldinense garantiu o terceiro lugar do Carnaval 2025 com o enredo “Ómi Tútu ao Olúfon – Água Fresca para o Senhor de Ifón”, trazendo um espetáculo visual e cultural para a Avenida. O desfile aconteceu sem imprevistos e foi marcado pela energia contagiante da escola.

A escola também recebeu o apoio de membros da Unidos de Padre Miguel, que voltou à Série Ouro após uma justificativa polêmica na avaliação dos jurados.

Grande Rio luta pelo título e Paolla Oliveira se despede aa avenida

A Acadêmicos do Grande Rio, vice-campeã, voltou à Sapucaí com um desfile marcado por emoção e protesto. A diferença de apenas um décimo para a campeã Beija-Flor gerou revolta entre os torcedores da escola, e até um erro no site da Liesa fez a agremiação ser apontada como campeã por alguns instantes.

Membros da diretoria da Grande Rio entraram na Avenida vestindo camisetas com a frase: “Parabéns à verdadeira campeã do Carnaval 2025”. Durante o desfile, o mestre de bateria Fafá mandou um recado direto: “Aqui a gente não abaixa a cabeça não!”.

Outro momento marcante foi a despedida de Paolla Oliveira, que, emocionada, foi às lágrimas ao se apresentar pela última vez como rainha de bateria da escola.

Beija-Flor celebra o título e Neguinho se despede como intérprete oficial

Encerrando a noite de desfiles, a Beija-Flor de Nilópolis mostrou por que levou o título de campeã do Carnaval 2025. Com um desfile arrebatador, a escola incendiou o público e recebeu gritos de “é campeã!” da arquibancada.

Mas a emoção ficou ainda maior com a despedida de Neguinho da Beija-Flor, que, aos 75 anos, encerrou sua trajetória como intérprete oficial da escola. Quando os primeiros raios de sol surgiam no horizonte, ele puxou o último “Olha a Beija-Flor aí, gente!”, levando a torcida ao delírio.

Como um presente para o Dia Internacional da Mulher, Neguinho ainda cantou seu clássico “Mulher, Mulher, Mulher” durante o esquenta da escola. E, para responder às provocações da Grande Rio, a Beija-Flor resgatou o samba campeão de 1998, “O Mundo Místico dos Caruanas nas Águas do Patu-Anu”, que homenageia o Pará, tema escolhido pela escola de Caxias neste Carnaval.

Foi uma noite inesquecível de despedidas, emoção e samba no pé, fechando com chave de ouro mais um Carnaval histórico no Rio de Janeiro.

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