Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
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Governo Federal investe em educação e lança programas para reduzir desigualdade no ensino

Partiu IF e CPOP recebem mais de R$ 500 milhões para oferecer reforço escolar e cursinhos populares, beneficiando estudantes da rede pública que sonham com o ensino técnico e superior
Lançamento do Partiu IF e da CPOP - Imagem - Luís Fortes/MEC
Lançamento do Partiu IF e da CPOP - Imagem - Luís Fortes/MEC

Partiu IF e CPOP receberão investimento de R$ 537,5 milhões do Governo Federal. Objetivo é incentivar estudantes da rede pública que querem ingressar na educação profissional técnica de nível médio ou no ensino superior.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta segunda-feira, 10 de março, dois novos programas voltados para a ampliação do acesso à educação no Brasil: o Programa Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades para Acesso de Estudantes da Rede Pública de Ensino à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Partiu IF) e a Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP).

Os programas têm como foco atender jovens em situação de vulnerabilidade social e de grupos historicamente excluídos, proporcionando melhores condições para ingresso na educação profissional e superior. O lançamento foi realizado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, durante uma solenidade em Natal, no Rio Grande do Norte.

O Partiu IF tem como meta preparar 78 mil estudantes do 9º ano do ensino fundamental para ingressar na Rede Federal até 2027. Por sua vez, o CPOP tem o objetivo de apoiar cursinhos populares que preparam estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares.

O ministro Camilo Santana ressaltou a importância dessas iniciativas para a equidade educacional. “Essas ações têm um impacto direto na vida da juventude brasileira, garantindo mais acesso e oportunidades para quem mais precisa”, declarou.

A secretária da Secadi, Zara Figueiredo, destacou que a reconstrução da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) foi um passo fundamental para viabilizar os programas. “Com orçamento e decisão política, conseguimos avançar em pautas importantes como a redução do analfabetismo e a inclusão educacional”, afirmou.

O professor Lucas Souza de Araújo, que participou da elaboração dos projetos, enfatizou a importância histórica do CPOP. “Cursinhos populares foram a porta de entrada para a universidade para muitos de nós. Agora, com suporte do governo, poderemos garantir esse caminho para milhares de estudantes”, disse.

CPOP

Com um investimento inicial de R$ 24,8 milhões para o ciclo 2025-2026, o programa apoiará 108 cursinhos já no primeiro ano, beneficiando 4.320 estudantes. Até 2027, o valor global chegará a R$ 74,5 milhões, abrangendo 324 cursinhos populares em todo o país.

Poderão participar do programa jovens e adultos oriundos da rede pública com renda per capita de até um salário mínimo. Alunos beneficiados receberão um auxílio financeiro de R$ 200 mensais para apoio à permanência nos estudos, além de material didático especializado para o Enem e vestibulares.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que menos de 50% da população negra possui diploma universitário em comparação com brancos. O CPOP busca reduzir essa desigualdade oferecendo um suporte adequado aos estudantes.

De acordo com o ministro Camilo Santana, o presidente Lula assinará um decreto garantindo apoio financeiro de R$ 230 mil para cada turma de 40 alunos dos cursinhos populares. Além disso, um prêmio especial será criado para cursinhos que apresentarem os melhores desempenhos.

Partiu IF

O Partiu IF tem como objetivo facilitar o ingresso de estudantes da rede pública, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade, no ensino técnico integrado ao ensino médio oferecido pelos institutos federais, Cefets e Colégio Pedro II.

O programa será realizado em dois ciclos. O primeiro, até 2025, contará com um investimento de R$ 115 milhões e atenderá 26 mil estudantes do 9º ano. Até 2027, a meta é beneficiar 78 mil alunos, com investimento total de R$ 463 milhões.

O Partiu IF oferecerá aulas de reforço escolar e apoio psicopedagógico para melhorar a preparação dos estudantes. Jovens de grupos prioritários (negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência) terão prioridade no programa.

Para participar, o estudante deve estar matriculado na rede pública e pertencer a uma família com renda per capita de até um salário mínimo. Cada aluno receberá um auxílio mensal de R$ 200 durante 8 meses, além de acesso a conteúdos pedagógicos especializados.

Dados do Saeb apontam grandes desigualdades raciais e sociais na proficiência em matemática e língua portuguesa, o que prejudica o ingresso de alunos da rede pública em instituições de ensino técnico. O Partiu IF busca corrigir essa deficiência por meio de suporte acadêmico e social.

As atividades do programa começam em 15 de março, com 650 turmas já confirmadas. O investimento será repassado diretamente aos institutos federais, que ficarão responsáveis pela estruturação das aulas.

A carga horária total será de 320 horas, incluindo aulas de língua portuguesa, matemática e ciências da natureza. Além disso, haverá oficinas de redação e orientação acadêmica.

Com essa iniciativa, o MEC pretende ampliar significativamente as oportunidades para estudantes da rede pública acessarem a educação profissional de qualidade e melhorarem suas perspectivas no mercado de trabalho.

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