Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
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Músico que agrediu Jornalista no Carnaval, é liberado com tornozeleira eletrônica em Campo Grande

Após agredir a companheira com socos, músico de 38 anos foi liberado com medidas protetivas, mas permanece monitorado

Na segunda-feira de Carnaval, dia 3 de março, o caso de violência doméstica envolvendo o músico de 38 anos e sua companheira, uma jornalista de 37 anos, chocou a cidade de Campo Grande. Durante um trajeto de carro para a casa da família, enquanto a vítima segurava sua filha de apenas 8 meses no colo, o músico agrediu a jornalista com socos, em um ataque de violência física e verbal que deixou a mulher assustada e temerosa pela sua vida e pela segurança da criança.

A situação aconteceu enquanto o casal estava em um veículo a caminho de casa. Durante o trajeto, o músico iniciou uma discussão violenta com a jornalista, que resultou em uma série de agressões. A vítima, em seu relato à polícia, afirmou que além dos socos, o agressor a ameaçou diversas vezes, gritando palavras de intimidação, e fez insinuações de que sua vida estava em risco.

Com o agressor já preso, a decisão judicial sobre sua soltura foi tomada nesta terça-feira (11), quando o músico foi libertado com a condição de usar tornozeleira eletrônica e cumprir algumas medidas protetivas. Ele está proibido de se aproximar da jornalista a menos de 200 metros de distância, mas terá direito de manter contato com a filha, uma bebê de 8 meses, com quem tem um vínculo afetivo. O músico também está sujeito a uma série de obrigações judiciais, como a comparação mensal em juízo para comprovar seu endereço e justificar suas atividades

Apesar de sua libertação, a decisão causou grande revolta na vítima, que se sente desamparada pelo sistema de justiça. A jornalista questionou a medida, afirmando que o conteúdo do depoimento apresentado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que detalhou as agressões e ameaças sofridas, não foi considerado de forma adequada pelo juiz. Ela se diz indignada por ver o agressor livre, mesmo tendo agido com extrema violência, colocando em risco sua vida e a da criança.

Em sua versão, o músico alegou que apenas teria tentado se defender dos ataques verbais e físicos supostamente cometidos pela jornalista, o que gerou controvérsias. O juiz, no entanto, aceitou o argumento de legítima defesa e, por ser réu primário, determinou sua soltura, decidindo que ele não representa risco de fuga e que dificilmente seria condenado a cumprir pena em regime fechado.

O caso levanta questões sobre a impunidade de agressões domésticas, especialmente quando envolvem ameaças de morte e violência física, e como o sistema de justiça tem lidado com a proteção das vítimas. Além disso, o direito da jornalista e da criança à segurança foi claramente comprometido pela decisão judicial, o que gera um debate sobre a necessidade de mais rigor no combate à violência doméstica e na aplicação de medidas protetivas eficazes.

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