Mato Grosso do Sul, 13 de maio de 2025
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Passarela do Lago do Amor desmorona após 539 dias: a obra de R$ 3,8 milhões da gestão Adriane Lopes que não suportou a chuva

Obra de recuperação da Avenida Filinto Muller, iniciada com promessas de qualidade, foi levada pela enxurrada em Campo Grande, e expõe os problemas de gestão na infraestrutura da cidade
Passarela desmoronou durante temporal  Imagem -  Nathalia Alcântara
Passarela desmoronou durante temporal Imagem - Nathalia Alcântara

Campo Grande viu a sua primeira obra da gestão de Adriane Lopes (PP) ser destruída pela chuva, após um curto período de 539 dias. A passarela do Lago do Amor, localizada na região da Avenida Filinto Muller, foi uma das principais intervenções da prefeita, que gastou R$ 3,8 milhões de recursos públicos para recuperar a via, a ciclovia e a passarela. No entanto, a obra, que deveria resistir a intempéries, desmoronou com o transbordamento do lago e a enxurrada da última terça-feira (18).

Esse episódio é apenas o mais recente de uma série de problemas relacionados à infraestrutura da cidade, que tem enfrentado críticas pela falta de planejamento e pela ineficiência nas obras de recuperação. Embora a prefeita tenha celebrado a conclusão do projeto e garantido que não haveria mais problemas, a obra de recuperação da Avenida Filinto Muller já apresentou falhas logo após sua inauguração, com um desmoronamento ocorrido em outubro de 2023, apenas 31 dias após a conclusão.

A recuperação da avenida e da passarela foi realizada pela empreiteira CCO Infraestrutura, que foi contratada sem licitação, e levou seis meses para concluir uma obra que inicialmente deveria durar apenas 90 dias. A promessa de garantir a resistência da estrutura diante das chuvas fortes também se desfez quando, mais uma vez, a força das águas levou embora todo o trabalho realizado.

Para conter o transbordamento, a prefeitura havia projetado uma barreira de contenção feita de trilhos e concreto, com mais de 7 mil metros cúbicos de aterro. No entanto, mesmo com esse esforço, a estrutura não resistiu ao impacto das chuvas intensas. A Avenida Filinto Muller e a passarela, que foram reconstruídas após o deslizamento de terras em janeiro de 2023, agora estão novamente danificadas, trazendo mais prejuízos para a cidade.

Gestão de Infraestrutura em Campo Grande: A Realidade das ruas e avenidas em péssimo estado

A situação da Avenida Filinto Muller não é isolada. Nos últimos anos, a gestão de Adriane Lopes tem sido marcada por um quadro de ruas esburacadas e avenidas intransitáveis em diversos bairros e vilas de Campo Grande. Em muitos lugares, as ruas se transformam em rios durante períodos de chuvas fortes, causando transtornos significativos para os moradores e o comércio local.

O fenômeno das enchentes que arrastam carros e objetos pelas ruas tem se tornado cada vez mais comum. Em algumas regiões, moradores chegam a surfar na enxurrada, como se estivessem em um mar revolto. A situação é preocupante, especialmente porque essas inundações causam não apenas danos materiais, mas também representam riscos à segurança das pessoas. Casos de casas e estabelecimentos comerciais inundados são frequentes, e muitos moradores têm que conviver com a constante sensação de insegurança, sabendo que suas residências podem ser atingidas pelas águas a qualquer momento.

A falta de um planejamento adequado e de investimentos eficientes em infraestrutura tem sido a principal crítica da população de Campo Grande. As intervenções realizadas, como a recuperação da Avenida Filinto Muller, não parecem resolver os problemas de forma duradoura, e a cidade continua a enfrentar dificuldades com o desgaste das vias públicas, especialmente em épocas de chuvas.

Além disso, as ações emergenciais, como as tentativas de recuperação da região do Lago do Amor, demonstram a incapacidade da gestão em garantir que as obras atendam às necessidades reais da cidade. A falta de fiscalização e o atraso nas soluções acabam tornando as promessas de melhorias em promessas vazias, que se perdem com a primeira chuva forte.

Com as ruas da cidade se tornando intransitáveis, a pergunta que fica é: quanto tempo mais a população de Campo Grande terá que esperar para que a gestão de Adriane Lopes consiga oferecer uma infraestrutura à altura das necessidades da cidade? Sem eleições à vista, a expectativa é que os problemas de gestão continuem, e a cidade siga enfrentando os efeitos das chuvas de forma improvisada, sem soluções definitivas para as ruas e avenidas que se tornam rios a cada tempestade.

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