O Brasil deu mais um passo importante na organização da COP30, conferência global sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém, no Pará. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, assinou um decreto que oficializa a Presidência da COP30 e define as competências e estrutura de governança do evento. O texto foi publicado nesta quarta-feira, 26 de março, no Diário Oficial da União e estabelece os cargos e funções que serão responsáveis pelo planejamento e execução da conferência.
A estrutura organizacional da COP30 será composta por servidores remanejados da Casa Civil e do Ministério das Relações Exteriores, garantindo que a realização do evento não gere aumento de despesas para o governo federal. A conferência reunirá representantes de mais de 190 países, especialistas, organizações internacionais e lideranças da sociedade civil para discutir medidas concretas de combate às mudanças climáticas.
Escolha das lideranças
A Presidência da COP30 será exercida pelo embaixador André Corrêa do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Ele será responsável por liderar as negociações e promover consensos entre os países participantes. Já a Diretoria-Executiva ficará sob o comando de Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, que coordenará as ações estratégicas e operacionais do evento.
O decreto prevê que a estrutura da Presidência da COP30 funcione até 1º de dezembro de 2026, assegurando a continuidade do trabalho mesmo após a realização da conferência. A principal função do presidente da COP30 será articular acordos entre os países e fomentar o engajamento do setor privado e da sociedade civil na busca por soluções efetivas para a crise climática global.
Experiência dos líderes
André Corrêa do Lago possui uma vasta trajetória diplomática e é um dos principais negociadores do Brasil no tema climático. Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele ingressou na carreira diplomática em 1982 e já ocupou cargos de destaque no Ministério das Relações Exteriores, chefiando os departamentos de Energia e Meio Ambiente. Foi negociador-chefe do Brasil em conferências ambientais e climáticas, além de ter representado o país na Rio+20. Serviu como embaixador do Brasil no Japão e na Índia, além de atuar em missões diplomáticas na União Europeia e nos Estados Unidos.
Ana Toni também possui um extenso histórico na área ambiental e climática. Economista e doutora em Ciência Política, ela dedicou sua carreira à implementação de projetos e políticas voltadas para a justiça social e a sustentabilidade. Foi diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (ICS), presidente do Conselho do Greenpeace Internacional e diretora da Fundação Ford no Brasil. Além disso, participou de diversas iniciativas voltadas ao meio ambiente e à equidade racial, sendo reconhecida como uma das principais referências no tema no país.
Impacto global
A realização da COP30 no Brasil representa uma oportunidade única para fortalecer o protagonismo do país nas discussões sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável. O evento ocorrerá em Belém, uma das principais cidades da Amazônia, e deverá destacar a importância da preservação da floresta e do combate ao desmatamento. O governo brasileiro tem reforçado o compromisso com a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030 e promover uma transição energética baseada em fontes renováveis.
A conferência também será um momento estratégico para firmar acordos internacionais e consolidar parcerias em prol da sustentabilidade. A COP30 ocorrerá em um contexto global de desafios climáticos cada vez mais urgentes, exigindo a cooperação entre países para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e mitigar os impactos ambientais.
O Brasil segue intensificando os preparativos para garantir que a COP30 seja um evento histórico, reunindo lideranças globais e promovendo debates que possam resultar em avanços concretos para o futuro do planeta.
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