Mato Grosso do Sul, 9 de julho de 2025
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Alvos da operação que prendeu suplente de vereador Ronaldo da CAB das Moreninhas, tinham pousadas e fazendas de gado

O Ronaldo da CAB das Moreninha, do Podemos, em janeiro de 2024, também apontou para a movimentação de milhões de reais
Imagem de Ronaldo da CAB, preso hoje em Campo Grande
Imagem de Ronaldo da CAB, preso hoje em Campo Grande

A operação policial que desmantelou uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro revelou uma rede de negócios ilícitos com ramificações em Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Goiás e outros estados. O foco das investigações recai sobre uma estrutura que ostentava um estilo de vida de luxo, com fazendas de gado e pousadas de alto padrão, onde seus membros estavam inseridos em camadas de alto poder aquisitivo.

A trama, que gerou a prisão do suplente de vereador Ronaldo Cardoso; O Ronaldo da CAB nas Moreninha, do Podemos, em janeiro de 2024, também apontou para a movimentação de milhões de reais. Em apenas três meses, a organização movimentou cerca de R$ 300 milhões, principalmente por meio de atividades ilegais ligadas ao tráfico interestadual de drogas e à lavagem de dinheiro.

A ação de combate a essa rede criminosa envolveu uma vasta operação da polícia, com apoio do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), que cumpriu 19 mandados de prisão temporária e 80 mandados de busca e apreensão. A investigação, que começou com suspeitas sobre o tráfico de drogas, revelou um esquema complexo que englobava desde o cultivo de clones de maconha até o uso de plataformas digitais para disseminar o crime. Os investigadores descobriram que o grupo utilizava empresas de fachada para disfarçar a origem de seus lucros e expandir suas operações.

De acordo com o Ministério Público, a organização se especializou no cultivo e produção de clones de maconha, com foco em variedades de alta concentração de THC, substância responsável por causar efeitos alucinógenos e, em altas doses, provocar overdoses. Para isso, eles forneciam sementes de maconha para diversos estados do Brasil, bem como cursos e treinamentos para que outros grupos reproduzissem as técnicas de cultivo e produção da droga. Esse esquema visava aumentar o lucro do grupo e garantir a distribuição de seus produtos de forma ainda mais agressiva e disfarçada.

Enquanto isso, os membros da organização desfrutavam de uma vida de ostentação. A investigação revelou que o líder da quadrilha, residente no Distrito Federal, possuía uma propriedade rural dedicada à criação de gado leiteiro em Planaltina e havia recentemente se mudado para Santa Catarina. Por outro lado, o núcleo financeiro da organização, situado em Goiás, acumulava imóveis luxuosos e uma frota de veículos de alto padrão. Os integrantes do grupo no Nordeste, por sua vez, residiam em apartamentos de luxo no bairro de Ponta Verde, em Maceió.

A organização não só movimentava uma quantia astronômica de dinheiro como também utilizava diversos meios para disfarçar suas ações criminosas, com destaque para uma fintech sediada em São Paulo, que foi identificada como uma das principais ferramentas de lavagem de dinheiro do grupo. Durante a investigação, foram sequestrados judicialmente 17 veículos e 7 imóveis de alto valor, incluindo uma mansão em um condomínio fechado em Goiás. Além disso, dezenas de contas bancárias foram bloqueadas para impedir o fluxo de recursos ilícitos.

A prisão do suplente de vereador Ronaldo Cardoso chamou atenção por sua ligação com a organização. Cardoso, que foi identificado como um dos ‘testas de ferro’ da quadrilha, havia ficado fora de circulação por dois meses, mas voltou a se envolver com o grupo em janeiro de 2024, quando foi finalmente localizado e preso no Rio Grande do Norte. Seu envolvimento com a organização, conhecido informalmente como “Núcleo Sinaloa” — uma referência à facção criminosa mexicana mostra o nível de sofisticação e a ramificação do esquema, que tinha grande influência no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A operação policial revela a magnitude da rede criminosa que, além de prejudicar diretamente a saúde pública, por meio da produção e distribuição de drogas de alto risco, também afetava a economia com seu esquema de lavagem de dinheiro, movimentando milhões em recursos ilícitos. Agora, as autoridades aguardam as próximas etapas da investigação, que devem levar à responsabilização dos envolvidos e ao enfraquecimento desse complexo aparato criminoso.

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