Um caso chocante de violência doméstica abalou os moradores do Bairro José Maksoud, em Campo Grande, na madrugada do último sábado. Após uma discussão motivada por ciúmes, um homem de 34 anos incendiou a própria casa com a esposa de 23 anos dentro. O agressor utilizou um isqueiro e um frasco de perfume aerossol para iniciar as chamas. Desesperada, a vítima conseguiu escapar pela janela e, apesar do susto, não sofreu ferimentos graves. Agora, ela busca apoio para recuperar seus pertences, pois perdeu tudo no incêndio.
A jovem relatou que a briga começou com uma discussão acalorada, mas rapidamente escalou para agressões físicas. O marido teria desferido chutes e socos antes de colocar fogo na residência. A mãe da vítima, que a acolheu após o ocorrido, contou que a filha e o agressor estavam juntos há cerca de um ano, mas passaram a morar juntos apenas nos últimos dois meses. Ela lamenta a perda de todos os móveis e itens que havia presenteado à filha para a nova casa. “Deus guardou minha filha. Agora, ela está só com a roupa do corpo e dois cachorros que conseguiu salvar. Mesmo assim, agradeço, porque bens materiais a gente trabalha e recupera, mas a vida é uma só”, desabafa.
A vítima procurou apoio na Casa da Mulher Brasileira e solicitou uma medida protetiva contra o agressor. Sem casa, sem documentos e sem pertences, ela agora pede ajuda para recomeçar sua vida. Quem puder contribuir pode fazer doações via Pix pelo telefone (67) 9 9244-0486.
Casos de violência doméstica como este têm se tornado cada vez mais frequentes em Campo Grande. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, o número de denúncias de agressões contra mulheres cresceu significativamente nos últimos anos. Apenas em 2024, foram registrados mais de 8 mil casos de violência doméstica na capital sul-mato-grossense, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. O feminicídio também preocupa: em muitos casos, as agressões começam com ameaças e podem acabar em tragédias fatais.
A Casa da Mulher Brasileira tem sido um ponto fundamental no acolhimento de vítimas, oferecendo assistência psicológica, jurídica e abrigo temporário para mulheres em situação de risco. Especialistas reforçam a importância da denúncia como forma de interromper o ciclo de violência e garantir a proteção das vítimas. Qualquer pessoa que presencie ou suspeite de um caso pode denunciar anonimamente pelo telefone 180, a Central de Atendimento à Mulher, ou buscar ajuda diretamente nos órgãos de proteção.
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