Mato Grosso do Sul, 15 de maio de 2025
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Mato Grosso do Sul apresenta 509 projetos no novo PAC para melhorar Saúde, Educação e Estrutura Urbana

Estado participa em peso da nova rodada de investimentos federais enquanto população cobra mudanças urgentes nos serviços públicos
O programa vai investir R$49,2 bilhões em 19 tipos de empreendimentos - Foto: Tomaz Silva
O programa vai investir R$49,2 bilhões em 19 tipos de empreendimentos - Foto: Tomaz Silva

O Novo PAC Seleções 2025, programa do Governo Federal voltado para obras e aquisição de equipamentos públicos, recebeu mais de 35 mil propostas de municípios de todo o Brasil. Entre eles, Mato Grosso do Sul marcou presença com 509 projetos enviados por todos os 79 municípios do estado e pelo próprio governo estadual. A capital, Campo Grande, lidera com 20 propostas.

O programa promete liberar até R$ 49,2 bilhões para investimentos em quatro áreas principais: saúde, educação, infraestrutura social e cidades sustentáveis. O grande objetivo é modernizar e ampliar o atendimento público em áreas onde os serviços estão falhando e em Mato Grosso do Sul não faltam exemplos disso.

As propostas de saúde são destaque: kits de equipamentos para Unidades Básicas de Saúde (73), unidades odontológicas móveis (50), kits para teleconsulta (71), construção de novas UBSs (48), Centros de Atenção Psicossocial (26), além de ambulâncias do Samu (13 novas e 3 para renovação de frota) e três policlínicas.

Apesar das promessas no papel, a realidade das ruas mostra um retrato bem mais difícil. Usuários de UPAs e UBSFs têm relatado constante falta de atendimento, filas longas e escassez de insumos básicos. Em Campo Grande, por exemplo, há semanas moradores de bairros como São Conrado, Aero Rancho, Noroeste e região das Moreninhas denunciam a ausência de médicos, a falta de medicamentos e até suspensão de consultas agendadas.

“Passei a madrugada toda esperando minha vez e só disseram que não tinha clínico geral. Minha pressão estava alta, e me mandaram procurar outro posto”, contou Dona Helena, de 66 anos, moradora do Jardim Carioca.

Essas dificuldades aumentaram ainda mais após a publicação de um decreto municipal de contenção de despesas, que suspendeu o pagamento do adicional de difícil acesso para profissionais da saúde que trabalham em áreas afastadas. Com isso, muitas equipes deixaram de comparecer às unidades localizadas nos distritos e zonas rurais.

Vídeos de moradores em locais como Anhanduí e Rochedinho viralizaram nas redes sociais. Em uma das gravações, uma assistente social explica que os profissionais não receberam o adicional e não têm nem como pagar o transporte para ir trabalhar. Enquanto isso, a população segue sem atendimento.

Além da saúde, a área de educação também recebeu atenção nas propostas sul-mato-grossenses. Foram 73 projetos para renovação da frota do transporte escolar e 62 para construção de creches e escolas de educação infantil. Em várias cidades pequenas, essas obras podem garantir o acesso à educação para centenas de crianças.

Outros 71 projetos foram enviados para construção de espaços esportivos comunitários. Também há pedidos para obras de drenagem urbana, gestão de resíduos sólidos, abastecimento de água, esgotamento sanitário e contenção de encostas, mostrando a preocupação com cidades mais resilientes e preparadas para eventos climáticos extremos.

Mas mesmo com todos esses pedidos, o sentimento nas comunidades ainda é de desconfiança. Moradores reclamam que muitos projetos ficam apenas no papel, enquanto o povo segue sem atendimento digno.

“Todo ano tem projeto, promessa, plano… mas na hora do vamos ver, a gente continua na mesma. Falta médico, falta ônibus, falta tudo”, desabafou seu Raimundo, aposentado da região do Indubrasil.

No comparativo nacional, Mato Grosso do Sul ficou atrás de estados como Minas Gerais, São Paulo e Bahia, que lideram em número de propostas. Mas a mobilização dos municípios mostra que há interesse e tentativa de buscar melhorias.

Agora, a expectativa é que os projetos aprovados saiam do papel e tragam melhorias reais para a vida da população. A cobrança já está nas ruas: mais que investimentos, o que o povo quer é serviço funcionando, médico atendendo, escola com estrutura e transporte de verdade.

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