Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Tarifaço vira guerra comercial: China reage e leva disputa com os EUA para a OMC

Gigantes em Conflito: Pequim abre nova frente contra Washington e ameaça barrar até filmes americanos em resposta a tarifas de Trump
Trump assina ordem executiva com taxação recíproca contra países do mundo inteiro. — Foto: SAUL LOEB
Trump assina ordem executiva com taxação recíproca contra países do mundo inteiro. — Foto: SAUL LOEB

A tensão entre as duas maiores economias do mundo subiu mais um degrau nesta terça-feira. A China decidiu oficializar sua insatisfação com o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos e levou o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC). O motivo da discórdia? As tarifas retaliatórias que o governo chinês aplicou sobre produtos americanos, que agora resultaram em uma nova rodada de retaliações por parte do presidente Donald Trump.

De acordo com a OMC, a China abriu uma solicitação de consulta, o que marca o início formal de uma disputa internacional dentro da instituição. O governo chinês argumenta que as tarifas impostas pelos Estados Unidos vão contra vários compromissos assumidos por Washington nos acordos internacionais de comércio. Entre os tratados citados estão o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) de 1994, o Acordo sobre Valoração Aduaneira e o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias.

Pequim não mediu palavras ao definir as ações dos EUA como “discriminatórias e protecionistas”, dizendo que tais medidas ameaçam diretamente o sistema multilateral de comércio baseado em regras.

O estopim da disputa foi o prazo dado por Donald Trump para que a China retirasse as tarifas de 34% impostas contra produtos norte-americanos. Esse prazo se encerrou nesta tarde sem qualquer recuo de Pequim, o que levou os EUA a aumentar em 50% os tributos sobre produtos chineses. A partir de amanhã, a taxação sobre importações do país asiático pode ultrapassar os 104%.

Enquanto isso, os chineses planejam revidar com força. Informações divulgadas por canais próximos ao governo, como a conta Niutanqin, ligada à agência estatal Xinhua, revelam que seis grandes contramedidas estão em avaliação:

  1. Proibição total ou parcial de filmes americanos na China
  2. Aumento de tarifas sobre produtos agrícolas como soja e sorgo
  3. Proibição da importação de aves dos Estados Unidos
  4. Suspensão da cooperação com os EUA no combate ao fentanil
  5. Restrições no setor de serviços
  6. Investigação sobre os direitos de propriedade intelectual de empresas norte-americanas que atuam em solo chinês

Essas informações foram reforçadas por duas figuras conhecidas nas redes chinesas: Liu Hong, editor sênior da Xinhuanet, e o influente comentarista político conhecido como “Presidente Rabbit”, pseudônimo de Ren Yi, neto de um importante ex-líder do Partido Comunista Chinês.

Uma possível proibição de filmes dos Estados Unidos chamou a atenção de todo o mundo. Isso porque o mercado cinematográfico chinês já rivaliza em tamanho e faturamento com o de Hollywood. Em 2025, um filme chinês, ‘Ne Zha 2’, ultrapassou a marca de US$ 2 bilhões em bilheteria, sendo praticamente todo esse valor arrecadado dentro da própria China.

Apesar do burburinho nas redes, o governo chinês manteve postura mais contida em suas declarações oficiais. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que “não costumamos comentar boatos de internet”, mas deixou claro que o país está pronto para defender seus interesses com firmeza.

Enquanto isso, a disputa comercial vai tomando proporções cada vez maiores e ameaça atingir setores além dos econômicos, afetando diretamente o entretenimento, a segurança e até a diplomacia internacional.

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