Mato Grosso do Sul, 19 de abril de 2025
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Segurança ganha reforço com inteligência e apoio aéreo e Mato Grosso do Sul bate recorde de apreensões de drogas

Nova estratégia no combate ao tráfico faz apreensões crescerem 151% no primeiro trimestre e mostra a força da integração entre polícias, tecnologia e ações nas fronteiras
Imagens - Sejusp/Divulgação
Imagens - Sejusp/Divulgação

Ações mais inteligentes, reforço policial por terra e pelo ar e união de forças entre estados estão transformando o combate ao tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul. O resultado já aparece nos números: só nos três primeiros meses deste ano, as apreensões cresceram 151% em relação ao mesmo período do ano passado.

A cada operação realizada, Mato Grosso do Sul mostra que está preparado para enfrentar o crime organizado. De janeiro a março deste ano, as forças estaduais de segurança conseguiram retirar de circulação mais de 116 toneladas de entorpecentes. Em 2024, no mesmo período, tinham sido pouco mais de 46 toneladas. Um salto impressionante que tem muito a ver com uma nova forma de agir: inteligência, integração e investimento.

Grande parte dessa apreensão vem da maconha, que sozinha somou 114,7 toneladas. A cocaína aparece em seguida, com 2,2 toneladas, e a pasta base fecha o pódio com 1,9 tonelada. Mas mais do que os números, o que chama atenção é a estratégia por trás de cada interceptação.

O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, destaca que o Governo do Estado vem investindo pesado na área. Somente para Campo Grande foram entregues 70 novas viaturas. Além disso, o policiamento aéreo, especialmente na região sul, foi ampliado. Isso sem falar nas ações reforçadas nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia.

“Estamos indo além da repressão imediata. Vamos levar as operações também para as regiões leste e norte do Estado. O foco é combater o tráfico e os crimes que nascem a partir dele”, afirma o secretário.

Tráfico muda estratégia, e polícia se antecipa

Mas os criminosos também tentam se reinventar. De acordo com levantamentos das forças de segurança, as plantações de maconha no Paraguai e na Bolívia, que antes seguiam uma lógica por safra, agora são feitas o ano inteiro. Isso aumentou a oferta e, consequentemente, o fluxo da droga entrando no Brasil.

Para lidar com esse cenário, a troca de informações entre estados e o uso de tecnologia se tornaram ferramentas essenciais. O tenente-coronel Wilmar Fernandes, diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), explica que o trabalho em conjunto com estados como São Paulo, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina tem sido fundamental.

“As informações circulam com mais rapidez. Sabemos por onde o tráfico pode tentar passar e conseguimos agir antes. É inteligência na prática”, resume Wilmar.

Mais policiais, mais tecnologia, mais resultados

O combate ao tráfico ganhou reforço com a Operação Protetor da Fronteira, promovida pelo Ministério da Justiça. Graças a ela, o efetivo estadual aumentou e foi possível intensificar as ações em regiões críticas.

O major Vinicius de Souza Almeida, comandante do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária, acredita que o trabalho das equipes Tático Ostensivo Rodoviário, conhecidas como TOR, também tem sido decisivo. “Aliamos a presença física com o trabalho de inteligência. Isso está dando resultado”, afirma.

Já o delegado Hoffman D’Ávila, titular da Delegacia Especializada na Repressão ao Narcotráfico (Denar), reforça que essas ações impactam diretamente na redução de outros crimes. “O tráfico está ligado a furtos, roubos e até homicídios. Cada carga apreendida enfraquece essa cadeia criminosa.”

Além disso, o trabalho conjunto com a Rede Nacional de Combate ao Narcotráfico (Renarc) tem sido mais uma peça fundamental na construção dessa estratégia de sucesso. Com investimento em inteligência, equipamentos e atuação integrada, Mato Grosso do Sul vai consolidando seu papel de referência no combate ao crime organizado.

A expectativa agora é que o modelo de atuação continue evoluindo e que os resultados cresçam ainda mais nos próximos meses. A mensagem que fica é clara: o crime pode tentar mudar de rota, mas o Estado está sempre um passo à frente.

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