Mato Grosso do Sul, 20 de abril de 2025
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Vacina contra a Dengue chega ao Brasil e reforça a luta contra o mosquito que assusta o país

Mais de um milhão de doses já estão em solo brasileiro e serão distribuídas para proteger os grupos mais vulneráveis à doença
A dengue é uma doença viral transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti
A dengue é uma doença viral transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti

Um avião pousou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, trazendo uma carga que pode salvar milhares de vidas. Foram mais de um milhão de doses da vacina contra a dengue, importadas pelo Ministério da Saúde, que chegaram ao Brasil em meio a um dos momentos mais preocupantes do país no combate ao mosquito Aedes aegypti.

A vacina, fabricada na Alemanha por um laboratório japonês, veio da Irlanda e desembarcou em 61 volumes, com um peso bruto de mais de 40 mil quilos. Todo o processo de liberação foi feito de forma ágil, graças à política de prioridade da Receita Federal para produtos essenciais como vacinas e remédios. No dia seguinte à chegada, já no dia 10 de abril, a carga foi liberada rapidamente por meio do canal verde e despacho expresso. As doses foram levadas para câmaras frias no próprio aeroporto, com temperatura controlada entre 2 e 8 graus Celsius, para garantir a eficácia do imunizante.

Mas afinal, o que é a dengue e por que ela causa tanta preocupação?

A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela chikungunya e pelo zika vírus. Esses três nomes assustam qualquer brasileiro, principalmente nas épocas de calor e chuva, quando o mosquito se multiplica com mais facilidade.

A dengue pode causar febre alta, dores no corpo, dor de cabeça, mal-estar, náuseas, manchas vermelhas na pele e, nos casos mais graves, hemorragias e até a morte. Já a chikungunya também provoca febre e dores intensas nas articulações, que podem durar meses. O zika vírus é ainda mais perigoso para grávidas, pois está relacionado à microcefalia em bebês, uma malformação congênita grave.

Todas essas doenças são transmitidas da mesma forma: através da picada do Aedes aegypti, um mosquito que se desenvolve em locais com água parada, como vasos de plantas, pneus velhos, garrafas, calhas e caixas d’água mal tampadas. Por isso, a prevenção também passa pelo cuidado com o ambiente onde vivemos.

Agora, com a chegada das vacinas, o Brasil dá mais um passo na proteção da população. A vacina contra a dengue é recomendada principalmente para os grupos prioritários, que incluem crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, especialmente em cidades com alta incidência da doença. Esse público foi escolhido porque apresenta grande número de hospitalizações e porque é nessa faixa etária que os casos mais graves têm se concentrado nos últimos anos.

O esquema vacinal prevê duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A aplicação será feita gratuitamente pelo SUS, e a distribuição será coordenada entre estados e municípios, seguindo os critérios definidos pelo Ministério da Saúde com base na incidência da doença em cada região.

O governo federal reforça que, mesmo com a vacina, é fundamental manter os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. Isso significa acabar com focos de água parada, usar repelente, colocar telas em janelas e, principalmente, manter a atenção redobrada em casas, escolas, comércios e terrenos baldios.

O Brasil enfrenta um aumento expressivo nos casos de dengue em 2025, com vários estados em situação de emergência. Por isso, a chegada dessas doses representa esperança e alívio para muitas famílias. A vacinação é mais uma ferramenta importante no combate à dengue, mas a luta só será vencida com a participação de toda a população.

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