A novela sobre o comando da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul ganhou mais um capítulo decisivo. Desta vez, o juiz Giuliano Máximo Martins deu um basta nas tentativas de Francisco Cezário de Oliveira de reassumir o posto que ocupou por quase três décadas. A Justiça negou mais um recurso apresentado por ele e reforçou a validade da eleição que colocou Estevão Petrallas de forma definitiva no comando da entidade.
A decisão saiu como uma bomba no meio esportivo do estado. O magistrado avaliou que os argumentos apresentados por Cezário para tentar anular a eleição de Petrallas não se sustentam. Na prática, a Justiça reconheceu que o afastamento de Cezário é legítimo e se baseia não só em investigações criminais, como também em determinações da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF.
A tentativa de retornar “no tapetão”, como dizem no meio do futebol, foi frustrada. Cezário alegava que a eleição não poderia ter acontecido porque ainda há uma disputa judicial sobre a assembleia que o destituiu do cargo. Mas, segundo o juiz, não existe risco de prejuízo ao andamento do processo, já que o ex-dirigente continua legalmente afastado.
Na decisão liminar, o juiz destacou que o afastamento se deu tanto por ordem da Justiça Criminal quanto por deliberação da CBF. Por isso, não há motivo para suspender a eleição que ocorreu no dia 7 de abril e que colocou Estevão Petrallas como presidente eleito da Federação. Até então, ele estava apenas interinamente à frente da FFMS.
Mesmo com essa decisão, o processo ainda seguirá o trâmite normal na 2ª Vara Cível de Campo Grande. A Justiça deu um prazo de 15 dias para que tanto Cezário quanto a Federação apresentem suas alegações. Mas, neste momento, a chance de Cezário voltar ao poder parece cada vez mais distante.
A defesa do ex-presidente argumenta que a eleição foi precipitada, já que a legalidade da assembleia que o afastou ainda está sendo discutida judicialmente. O novo advogado de Cezário, Fábio Azato, entrou com pedido para anular a eleição e reintegrar o ex-dirigente ao cargo até o fim do mandato, que iria até 2027.
O Ministério Público, por meio do Gaeco, acusa Cezário de liderar um esquema que desviou cerca de R$ 10 milhões da FFMS. As investigações apontam o uso indevido de recursos, pagamentos suspeitos e movimentações financeiras irregulares. Com isso, ele foi afastado tanto por decisão da Justiça quanto por medida da própria CBF, que acompanha de perto o caso.
Com a eleição de Petrallas validada, a FFMS agora tenta virar a página e focar na reconstrução da imagem da entidade e no fortalecimento do futebol sul-mato-grossense, que nos últimos anos tem enfrentado dificuldades dentro e fora de campo.
A Justiça mandou um recado claro: não há mais espaço para manobras nos bastidores. A bola agora está com Petrallas e sua equipe, que terão a missão de retomar a confiança dos clubes, atletas e torcedores.
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