Mato Grosso do Sul está vivendo um novo tempo. O que antes era visto como terra do boi e da soja, agora se firma como potência global para grandes investimentos em setores estratégicos. Seja na celulose, na proteína animal ou na matriz energética limpa, o Estado tem chamado a atenção de empresários do mundo inteiro. E o reconhecimento não vem apenas dos dados, mas também de quem está colocando dinheiro e fé no futuro sul-mato-grossense.
Foi o que deixou claro o CEO global da Arauco, Cristián Infante, durante o lançamento da pedra fundamental da nova fábrica de celulose da empresa no município de Inocência. Para ele, Mato Grosso do Sul oferece um ambiente de negócios raro de se ver. Com menos burocracia, mais profissionalismo e um cenário promissor, o Estado virou referência internacional para quem quer crescer com segurança.
A nova fábrica da Arauco é só mais um capítulo de uma história que tem ganhado força nos últimos anos. Segundo o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o Estado já é conhecido como o Vale da Celulose. Com alta produtividade, tecnologia de ponta e sanidade florestal, Mato Grosso do Sul tem se consolidado como um dos maiores produtores de madeira em tora para celulose do Brasil, respondendo por 24% da produção nacional.
Hoje, são mais de 1,6 milhão de hectares de florestas plantadas e 30 indústrias de base florestal instaladas. Isso sem contar os mais de 26 mil empregos gerados direta e indiretamente. Tudo isso com um detalhe importante: responsabilidade ambiental. O Estado já realizou sua transição energética e possui a matriz mais limpa do Brasil, o que aumenta ainda mais sua atratividade para investidores preocupados com sustentabilidade.
Na Expogrande, durante o Fórum Agro Lide, o governador Eduardo Riedel destacou que esse crescimento não é por acaso. Ele reforçou que o Estado apostou na diversificação da economia e na construção de uma base sólida para receber novos empreendimentos. Segundo ele, a aposta foi alta na cadeia produtiva completa, que começa no campo e vai até a industrialização. Hoje, essa estratégia está dando resultados concretos.
Só a fábrica da Arauco em Inocência já movimenta 3,8 mil trabalhadores, o que aquece a economia local, gera emprego, qualificação e desenvolvimento para toda a região. E isso não para por aí. O governo segue buscando novas empresas, ampliando setores como a piscicultura, a suinocultura e até a produção de amendoim, onde o Estado já é líder nacional.
Outro destaque vai para a suinocultura, que tem crescido a passos largos. No 3º Encontro de Lideranças da Suinocultura da ASUMAS, também na Expogrande, foi anunciado que o plantel de matrizes deve crescer 49% até 2025, chegando a 152 mil fêmeas. Esse avanço vem sendo impulsionado por programas como o Leitão Vida e pela eficiência sanitária do setor no Estado.
Márcio Polazzo, gerente regional da Seara em Dourados, explicou como a confiança no ambiente de negócios fez a empresa ampliar sua planta industrial. O projeto prevê o aumento da produção de 4 mil para 10 mil suínos por dia, tornando a unidade uma das principais do grupo JBS no Brasil. Mesmo com os desafios enfrentados nos últimos anos, a empresa manteve o plano e acredita na continuidade desse crescimento.
O próprio secretário Verruck confirma que o Estado deve crescer 3,4% em 2025, sendo o que mais avança economicamente no país. Esse resultado vem da soma de fatores como equilíbrio fiscal, infraestrutura, segurança jurídica, tecnologia e visão estratégica de desenvolvimento.
Na reta final de sua fala no Fórum, Verruck reforçou que Mato Grosso do Sul já está posicionado como um Estado agroambiental, com capacidade de produzir e preservar ao mesmo tempo. Ele destacou ainda que o governador Eduardo Riedel tem uma missão clara: levar o Estado a um novo patamar, com mais inovação, ciência, sustentabilidade e inclusão social.
A verdade é que Mato Grosso do Sul encontrou seu caminho e agora trilha uma rota sólida de crescimento, tornando-se um modelo de desenvolvimento para o Brasil e uma vitrine atrativa para o capital global.
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