O Brasil amanheceu mais silencioso nesta segunda-feira, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de sete dias pela partida de uma das figuras mais queridas e influentes da Igreja Católica: o papa Francisco. Conhecido por sua simplicidade e voz firme em defesa dos oprimidos, Francisco, o primeiro pontífice latino-americano da história, marcou sua jornada com gestos de compaixão, coragem e compromisso com as causas sociais e ambientais.
Em nota emocionada, o presidente Lula destacou a grandeza de Jorge Mario Bergoglio, o argentino que virou símbolo mundial de empatia e fé ativa. “O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, afirmou o presidente, relembrando também os encontros que teve com o papa, ao lado da primeira-dama Janja, em momentos marcados por afeto e troca de ideais sobre paz, justiça e igualdade.
O papa que preferiu os pobres ao luxo do Vaticano
Desde que assumiu o trono de São Pedro em 2013, Francisco mostrou que seu caminho seria diferente. Abriu mão de muitas regalias, morou na modesta Casa Santa Marta e viveu de forma simples, sempre com os olhos voltados para os que mais sofrem. Foi um papa que abraçou as causas da periferia do mundo, que falou com força sobre os problemas do planeta, que defendeu os imigrantes, os jovens, os idosos e todos aqueles esquecidos pelas elites e pelo poder.
Francisco também levou para dentro do Vaticano temas até então considerados distantes da Igreja, como a crise climática, a crítica aos modelos econômicos desiguais e a inteligência artificial. Em sua última aparição internacional durante a Cúpula do G7, no sul da Itália, chamou a atenção do mundo ao pedir um uso ético da tecnologia e condenar o desenvolvimento de armas autônomas letais.
Lula e Francisco: encontros de fé e ideais
A relação entre Lula e o papa foi construída em três encontros marcantes. O primeiro aconteceu em 2020, antes mesmo de Lula voltar à presidência. A reunião, realizada em clima intimista no Vaticano, abordou questões urgentes como a solidariedade e o combate às desigualdades.
Em 2023, já como presidente novamente, Lula se reencontrou com Francisco e reforçou o convite para que o pontífice visitasse o Brasil, principalmente durante o tradicional Círio de Nazaré, em Belém. No ano seguinte, em meio à Cúpula do G7, eles se viram pela última vez, num encontro onde o papa reforçou sua postura em favor da paz e da justiça social global.

A fé também é feminina: Janja e Francisco em Roma
Mesmo sem o presidente, a primeira-dama Janja também teve um momento com o papa, em fevereiro deste ano. Durante sua viagem à capital italiana para participar de um evento contra a fome e a pobreza, Janja conversou com Francisco, agradeceu pelas orações dedicadas à saúde de Lula e compartilhou preocupações sobre a situação de mulheres e meninas afetadas pela miséria em várias partes do mundo.
Uma visita que ficou no coração do povo brasileiro
Logo no início de seu papado, Francisco escolheu o Brasil como destino da sua primeira viagem internacional. A Jornada Mundial da Juventude, realizada em 2013 no Rio de Janeiro, ficou marcada pela alegria contagiante dos jovens, mas também pelos gestos do papa que fugiam do protocolo.
Ele visitou a Favela da Varginha, em plena zona norte do Rio, esteve no Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus, celebrou missas para multidões em Copacabana e passou pelo Santuário Nacional de Aparecida, onde reforçou sua ligação com a fé popular brasileira.
Francisco foi um papa presente, firme, e que caminhou ao lado dos que tinham pouco, mas sonhavam alto. Agora, o mundo se despede, mas sua voz e seus ensinamentos continuam ecoando em cada gesto de solidariedade, em cada luta por justiça e em cada oração por um mundo mais fraterno.
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