O dia amanheceu tenso no Norte Fluminense. Logo nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, um incêndio seguido de explosão atingiu a plataforma Cherne 1 (PCH-1), da Petrobras, localizada na Bacia de Campos, a cerca de 130 quilômetros da costa de Macaé. O acidente deixou 14 trabalhadores feridos e causou um corre-corre entre as equipes de resgate que atuam no alto-mar.
A explosão foi registrada por volta das 7h25 e assustou os funcionários a bordo. Em meio ao fogo e à fumaça, um dos trabalhadores acabou caindo no mar. Ele foi resgatado por uma embarcação de apoio chamada Locar XXII, com queimaduras na cabeça e nas mãos. Segundo a Petrobras, ele está consciente e sendo atendido por médicos em terra firme. Os outros 13 feridos também receberam socorro e foram levados ao Hospital Público Municipal (HPM) de Macaé, com parte deles sendo transferida para a rede hospitalar da Unimed.
A plataforma, que está fora de operação desde 2020, mesmo assim mantinha trabalhadores realizando serviços de manutenção. A estrutura não produzia petróleo, mas ainda tinha escoamento de gás, que precisou ser imediatamente interrompido por questões de segurança. As comunicações com a plataforma também foram afetadas com a força da explosão.
A Petrobras informou que o incêndio foi controlado com a ajuda de dois barcos especializados no combate a incêndios, do tipo Fire Fighting, e que todos os 176 profissionais que estavam a bordo estão em segurança. Uma comissão será montada pela empresa para investigar as causas do acidente e entender como as chamas começaram e se espalharam.
Quem também se pronunciou sobre o caso foi o diretor do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, que lamentou o ocorrido em suas redes sociais. Ele relatou o susto e criticou as falhas de segurança que ainda persistem em plataformas de petróleo no Brasil. “Infelizmente, mais um grave acidente na indústria do petróleo. Um incêndio seguido de explosão e um trabalhador que caiu no mar. Estamos acompanhando de perto”, disse ele.
A Prefeitura de Macaé confirmou que está dando suporte hospitalar às vítimas e que a situação está sob controle. A movimentação no hospital foi intensa nas primeiras horas da manhã, com ambulâncias chegando e saindo com os feridos.
Apesar do susto e dos ferimentos, a notícia de que todos os trabalhadores estão vivos e fora de risco trouxe um certo alívio. Ainda assim, o acidente levanta questões sobre os protocolos de segurança, especialmente em unidades que, mesmo desativadas para produção, continuam sendo pontos de risco por conta das operações de manutenção e presença de gás.
Essa não é a primeira vez que a região de Macaé registra esse tipo de ocorrência. Em 2012, uma outra plataforma também sofreu um incêndio na mesma Bacia de Campos. Na ocasião, a estrutura ficou inclinada, mas ninguém ficou ferido. Era a plataforma de perfuração SS-39 (Alaskan Star), da empresa Queiroz Galvão Óleo e Gás, que trabalhava no campo de Albacora, a 193 quilômetros da costa.
Com mais esse episódio, cresce a preocupação sobre a segurança nas operações em alto-mar. A categoria dos petroleiros segue pressionando por melhorias nas condições de trabalho, enquanto aguardam os resultados da investigação sobre o que causou a explosão na plataforma Cherne 1.
#plataforma #petrobras #baciadecampos #macae #incendio #explosao #trabalhadores #resgate #seguranca #sindipetro #industria #acidenteoffshore
