Mato Grosso do Sul, 29 de abril de 2025
Campo Grande/MS
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Mato Grosso do Sul lidera redução de poluentes no estado e se consolida como referência em energia limpa

Relatório da FGV destaca como o uso do etanol reduziu emissões e fortaleceu a economia no estado, que avança firme na transição energética com apoio de políticas públicas e envolvimento da população

Mato Grosso do Sul está colhendo os frutos de uma escolha consciente e sustentável. Em 2024, o estado liderou a redução nas emissões de gases de efeito estufa no setor de transporte leve no Brasil. A queda foi de 6,6% em relação ao ano anterior, puxada principalmente pelo aumento no uso do etanol nos veículos. Os dados são do Observatório de Inovação e Conhecimento em Bioeconomia, da Fundação Getulio Vargas.

Esse resultado mostra mais que um número positivo. Aponta um caminho claro de transição energética com responsabilidade ambiental e retorno econômico. Segundo o estudo, se não fosse o uso do etanol, as emissões teriam sido 40% maiores. Ou seja, o biocombustível não só fez a diferença para o meio ambiente, como também ajudou a movimentar a economia regional.

Durante evento na Suíça, o governador Eduardo Riedel destacou que a mudança para fontes limpas vai além do discurso ecológico. “A transição energética está ligada ao desenvolvimento sustentável, com impacto real na geração de empregos e na renda dos trabalhadores. Trocar combustíveis fósseis por renováveis é investir no futuro do estado e na qualidade de vida do nosso povo”, afirmou.

Mato Grosso do Sul já é um dos maiores produtores nacionais de energia renovável, com foco na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar e do milho. Hoje, são 22 usinas em atividade e mais de 50 fornecedores de cana-de-açúcar, o que garante mais de 30 mil empregos diretos em mais de 40 cidades do estado.

O secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), reforça que os benefícios são sentidos em cadeia. “O etanol não é só uma alternativa barata de combustível. Ele reduz emissões e mantém vivas as economias locais. O relatório da FGV mostra com clareza como o consumo consciente pode sustentar empregos, usinas e famílias.”

O campo está produzindo mais e melhor. Atualmente, são mais de 860 mil hectares de cana plantados. A expectativa para 2025 é animadora: 4,7 bilhões de litros de etanol devem ser produzidos, um crescimento de 11% em relação ao último ciclo. A moagem de cana deve chegar a 50,5 milhões de toneladas, segundo estimativas da Biosul.

Esse avanço tem o dedo de políticas públicas bem direcionadas, como o plano MS Renovável, que incentiva o uso de fontes limpas e renováveis. Há ainda a Câmara Setorial de Energia Renovável, que está à frente da criação do Programa Estadual de Transição Energética, alinhado com a Política Estadual de Mudanças Climáticas.

“A ideia é seguir nessa linha e expandir a produção de fontes como o biometano e o SAF, combustível sustentável para aviação, que também tem grande potencial. Já temos legislação para apoiar isso e vamos continuar investindo”, explicou Verruck.

Outro ponto forte foi o envolvimento da população. A campanha ‘Movido pelo Agro’, promovida pela Famasul e Biosul, incentivou o uso do etanol nas bombas de combustível, mostrando que todo motorista pode fazer a diferença. A ação destacou não só o impacto positivo para o meio ambiente, mas também a valorização da produção local e o apoio à economia regional.

Mato Grosso do Sul mostra que é possível crescer, gerar renda, proteger o planeta e ainda dar um exemplo de política pública que funciona. A liderança na redução de emissões não veio por acaso, mas do esforço conjunto entre governo, produtores e população.

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