Madrugada trágica no Centro de Campo Grande. Eram cerca de 3 horas da manhã quando uma mulher de 35 anos caiu do 12º andar de um hotel localizado na Rua Antônio Maria Coelho. A vítima, que havia se hospedado por volta das 23 horas da noite anterior, estava sozinha no quarto. A morte foi imediata. Politraumatismo. O impacto da queda não deu chance de socorro.
O recepcionista do hotel contou à polícia que ouviu o barulho e correu para verificar. Quando saiu, viu a cena chocante: a mulher caída na entrada do hotel, sem sinais de vida. O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente, mas já não havia mais o que fazer. A Polícia Militar, a Polícia Civil e a perícia estiveram no local desde as primeiras horas da manhã para entender o que realmente aconteceu.
O que se sabe até agora é pouco, mas o suficiente para levantar muitas perguntas. A mulher era do Rio Grande do Sul e, segundo as primeiras informações, tinha diversas passagens pela polícia. O carro dela foi encontrado no estacionamento do hotel e deve passar por perícia. Nenhuma testemunha foi encontrada até o momento que pudesse confirmar se ela estava acompanhada ou se houve alguma movimentação estranha antes da queda.
A principal linha de investigação aponta para a hipótese de suicídio. Mas como afirmar com certeza, se tudo que restou foi um corpo no chão, o silêncio do quarto e um registro no sistema? Nenhuma carta, nenhuma testemunha, nenhuma câmera até o momento que revele o que se passou naquela madrugada. O hotel, de padrão médio, é conhecido por receber viajantes de várias partes do país. O check-in foi feito normalmente. Nenhum comportamento fora do padrão foi relatado.
A polícia trabalha para cruzar dados, ouvir testemunhas, verificar as câmeras de segurança e entender a dinâmica da queda. Pode ter sido um gesto desesperado, um pedido de socorro não atendido, um desfecho solitário após uma noite difícil. Ou pode haver algo mais. Até agora, ninguém sabe o que se passou entre as 23h, horário do check-in, e as 3h, momento da queda.
Enquanto isso, uma pergunta ecoa entre as paredes daquele hotel: por que? E mais importante, poderia ter sido evitado?
Casos como esse são cada vez mais frequentes e revelam o abismo silencioso de muitas pessoas que vivem uma luta invisível contra dores que não aparecem nas redes sociais ou nos corredores dos prédios. Por isso, é fundamental lembrar que existem caminhos e pessoas dispostas a ajudar.
Onde procurar ajuda:
- CAPS e Unidades Básicas de Saúde
- UPA 24h, SAMU 192, Pronto-socorro e hospitais
- CVV – Centro de Valorização da Vida, pelo número 188 (ligação gratuita e sigilosa, 24h por dia)
- www.cvv.org.br (chat, e-mail e outros canais de atendimento)
A dor silenciosa de alguém pode estar ao nosso lado, no mesmo elevador, na fila do mercado, ou entrando num quarto de hotel. Falar sobre saúde mental é urgente. Ouvir pode salvar. E entender que ninguém precisa enfrentar seus fantasmas sozinho é um passo para evitar novos desfechos como este.
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