Na manhã desta sexta-feira, 25 de abril, a imensidão da Basílica de São Pedro testemunhou um momento que ficará gravado na memória política e espiritual do Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama Janja e de uma comitiva de peso, esteve diante do corpo do Papa Francisco para prestar sua última homenagem. A atmosfera era de respeito, silêncio e profunda emoção, não apenas pela perda do líder religioso, mas também pela despedida de um aliado ideológico e humano do povo latino-americano.
“Eu e Janja estivemos há pouco em comitiva na Basílica de São Pedro, em Roma, na nossa primeira despedida ao Papa Francisco, compartilhando a emoção e a devoção com todos que vieram prestar as merecidas homenagens ao Santo Padre. Que sua sabedoria, coragem e compaixão sigam iluminando os corações de todos nós”, publicou Lula em suas redes sociais. Suas palavras ecoaram como um tributo sincero a um papa que não se escondeu atrás de dogmas, mas caminhou ao lado dos pobres, dos excluídos e dos sonhadores.
O funeral de Francisco acontecerá neste sábado, 26 de abril, às 10h da manhã (horário local), com a presença de líderes de todo o mundo. Desde o início do velório, mais de 128 mil pessoas já passaram pela Basílica para o último adeus ao primeiro papa latino-americano, o argentino Jorge Mario Bergoglio, que faleceu na segunda-feira, aos 88 anos, vítima de um AVC seguido de coma e falência cardiovascular.
Na comitiva que acompanha Lula em Roma estão nomes importantes da cena política brasileira, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, além de ministros de Estado e parlamentares. A forte representação do Estado brasileiro reforça o significado simbólico e diplomático deste momento de despedida.
A relação entre Lula e Francisco sempre foi marcada por empatia e afinidade de princípios. Desde o início de seu pontificado em 2013, Francisco buscou dar voz aos mais vulneráveis, defender os direitos dos trabalhadores e denunciar as injustiças sociais, temas que também definem a trajetória política de Lula. Os dois se encontraram pessoalmente em 2020, no Vaticano, em uma reunião a portas fechadas onde discutiram a desigualdade, a fome e a importância de um novo pacto social. Um encontro histórico entre um líder religioso e um ex-operário que se tornara símbolo da luta pelos menos favorecidos.
Lula, ao decretar luto oficial de sete dias pela morte de Francisco, também reconheceu a grandiosidade do legado do papa. Em sua mensagem, destacou a defesa firme da paz mundial, o combate à intolerância, a propagação do amor e a busca pela fraternidade entre os povos como marcas do pontificado de Francisco. O papa dos gestos simples, das palavras firmes, dos atos corajosos e das atitudes que incomodavam o conservadorismo dentro da própria Igreja.
Com a morte de Francisco, inicia-se agora o Novemdiales, o tradicional período de nove dias de orações e luto, onde fiéis do mundo todo se unem espiritualmente pelo descanso da alma do pontífice. Mais do que um ritual católico, é um tempo de reflexão sobre a humanidade, a humildade e o compromisso com o próximo que Francisco tanto pregou.
A despedida de Lula ao papa Francisco não é apenas um ato protocolar de chefe de Estado. É o adeus emocionado de um amigo e admirador. De alguém que viu no Papa não apenas o líder da Igreja, mas um homem que soube interpretar os anseios do povo, da periferia do mundo, com coragem, compaixão e sabedoria.
#PapaFrancisco #LulaEmRoma #AdeusPapaFrancisco #BasílicaDeSãoPedro #VelórioPapaFrancisco #FuneralDoPapa #LulaPresidente #JanjaLula #ReligiãoEPolítica #LutoMundial #PapaDosPobres #FranciscoEterno
